Durante três anos houve uma tentativa de se colocar em prática uma ação de policiamento comunitário no DF. Uma tentativa “ousada”, diga-se de passagem, mas feita de forma “eleitoreira”, com pouco conhecimento técnico.
Sou defensor da idéia de que existe uma “linha do tempo” para um projeto ousado como esse, mas a “política” é imediatista. Como não sou político continuo minha caminhada em defesa da divulgação da filosofia de policiamento comunitário.
Como disse a três pelotões de sargentos, alunos do curso de nivelamento, semana passada, talvez eles verão o resultado desse processo somente daqui a uns dez anos, ou mais. Muitos já estarão fora da Corporação, mas é necessário o ponta pé inicial.
Acredito que primeiro prega-se uma filosofia, depois se ensina o método e as ações de policiamento comunitário serão conseqüência de tudo isso, fluirá naturalmente, sejam ações micro (individuais) ou ações macro (institucionais).
Como houve uma inversão nesse processo devemos nos adaptar a ele. Sendo assim, resolvi “inovar” e desafiar nossos candidatos policiais, ou não, a comprarem essa idéia.
Com o fim do atual governo fala-se também no fim dos Postos Comunitários de Segurança (ação macro), o que seria um erro estratégico, pois houve um grande gasto e uma grande expectativa. Além disso, voltaríamos à velha prática da falta de continuidade.
Então o que fazer?
Adaptar-se a realidade!
O posto comunitário deveria ser um ponto de referência para a comunidade e para o policial, mas isso não ocorre na prática. Se não ocorre, o que fazer?Mais uma vez a resposta é se adaptar a realidade!
Recentemente, graças a alguns amigos, fiz um curso voltado para a aplicação do Termo Circunstanciado nas Polícias, esse curso foi ministrado por um Juiz da Vara Criminal de Brasília e foi direcionado a POLICIAIS RODOVIÁRIOS FEDERAIS. Isso me deu várias idéias para a aplicação no DF…
Uma idéia que surgiu foi transformar os postos comunitários em MINI-DELEGACIAS e o nome é oportuno, já que seriam voltadas para os “pequenos crimes”. Nós policiais faríamos o boletim de ocorrência que seria enviado diretamente aos Juizados Especiais Criminais, seriam praticamente 300 DRPI´s espalhadas por todo DF. Estaríamos cumprindo nosso papel preventivo, mas também atuando repressivamente (esse termo não significa violentamente – significa atuar após o crime), como alguns defendem…
O que uma vítima espera ao procurar um posto policial?
O que nós temos a oferecer a ela?
A vítima não está interessada em saber se o policial é civil ou militar, na verdade ela não sabe bem a diferença. Ela quer apenas ser atendida e o problema resolvido.
Já temos um B.O Web que poderia ser utilizado, basta apenas vontade política. O judiciário é a favor. A população ao entender as vantagens também seria!
Quem ousaria ser contra um projeto como esse?
Está lançado o desafio!
Com isso, daríamos uma resposta rápida a comunidade, fortaleceríamos nossa imagem e daríamos uma utilidade aos postos! Além disso, seria um primeiro passo para um ciclo completo de policiamento, apesar de tais crimes não necessitarem de “investigação”!
Policiamento Inteligente significa: EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DA POLÍCIA TENDO COMO BASE A COMUNIDADE!
É ISSO QUE DEVEMOS BUSCAR SENDO POLÍTICOS OU NÃO!
Dar uma resposta à comunidade e uma utilidade aos policiais!
* DRPI (Delegacia de Repressão a Pequenas Infrações)
Saibia mais sobre os Juizados Especiais Criminais clicando no link abaixo:
Cartilha sobre os Juizados Especiais Criminais.
Mini-delegacias de polícia: Desafio aos nossos candidatos para as próximas eleições!
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