Recentemente escrevi um texto que gerou várias discussões nos bastidores da PMDF, acredito que o texto tenha cumprido seu papel. Afinal, sou “discípulo” de Simmel, também acredito que “o conflito gera a mudança.”
Todos os anos, principalmente os de eleição, percebo um monte de enrolação de candidatos que nada agregam a corporação. Tivemos a política do “trio elétrico”, que sempre combati, iniciamos a “política dos bastidores” e agora vivemos a “política da tietagem”, como assim Aderivaldo? Isso mesmo. A política da “tietagem”. “Potenciais lideranças”, outras apenas “pretensas lideranças”, se acostumaram a tirar fotos com autoridades, demonstrando intimidade com o poder para ao final “fingir” que estão trabalhando pela tropa. Vi muito isso enquanto estive como Assessor de Gabinete do Secretário de Segurança. A maioria não apresenta nenhuma proposta, faz uma visita de cortesia, tira uma foto e depois diz que apresentou a solução de todos os problemas da categoria. Ledo engano. Não é somente candidatos da caserna que fazem isso, vi deputados aplicando na prática a “política da tietagem”.
Liderança está ligada a influência. Um líder precisa mostrar o caminho, saber para onde está conduzindo seus liderados. Liderar é influenciar pessoas para um objetivo comum. Por isso, sempre digo e continuarei dizendo que a Polícia Militar peca por falta de lideranças políticas capazes de representar seus eleitores. Podem cegos guiar outros cegos? Muito difícil. Nosso problema não é o excesso de liderança. É a falta delas. Principalmente com credibilidade para nos representar.
Voltemos a análise política que tanto precisamos: em abril vidouro os partidos estão encerrando suas nominatas. Nós, policiais militares, nos gabamos de poder escolher o partido “certo” porque somos os últimos a nos filiar. Ledo engano novamente. Não escolhemos, a maioria é escolhida para servir de “escada” para candidatos praticamente eleitos. Nesta próxima eleição muitos pretensos candidatos ficarão sem legenda para candidatura, pois o número de vagas reduziu bastante. O fato de não termos cidadania plena, ou seja, participar de partidos políticos nos limita e muito neste processo. Ainda mais agora que os partidos irão financiar as campanhas e escolher para onde será distribuído o fundo partidário.
Nos últimos dias tenho me dedicado a conversar com alguns ex-candidatos, daquela lista que postei aqui no blog ( clique para ver) e tenho tentando convencer alguns de irem para uma mesma coligação. Inicialmente, iriam para o DEM, mas algumas indefinições do partido, inclusive com seu presidente, implodiram tal ideia. Agora precisamos seguir avante.
Após analise de cenário e conversas com os 14 policiais militares da corporação mais votados em 2014, somente aqueles que tiveram mais de mil votos, particularmente, acredito que o Guarda Jânio seguirá o Senador Hélio José em seu partido, O Subtenente Hermeto, deverá continuar no partido de Filipelli, seu padrinho político, mas não fechou as portas para uma troca de agremiação, caso os policiais militares queiram se unir, o “Tenente Poliglota” não virá candidato, o Major Cruz ainda analisa a possibilidade de concorrer ou não, o Subtenente Pato, que iria para o DEM, já busca uma outra opção, o Subtenente Leiber pensa em não sair candidato, pois já tem outros compromissos assumidos, mas não descartou a possibilidade, o Sargento Cleyton do NCP, também está propenso a não sair candidato, eu, Sargento Aderivaldo Cardoso, estou propenso a apoiar alguém para Distrital, em condições de representar a categoria, se for o melhor para a coletividade, o Coronel Jooziel, também pensa em não sair candidato, mas ainda preciso conversar pessoalmente com ele, já o Coronel Giuliano ficou de conversar comigo após o carnaval, o Sargento “Jabá”está em busca de um partido, o Sargento Ailton Miranda, em reportagem, apareceu que iria para o Podemos, mas ainda não conversamos e a Sargento Denízia ainda não consegui contato. Somente nesta relação estamos falando em mais de 45 mil votos, que poderiam migrar para um ou dois candidatos PM´s.
Seguiremos avante em busca de união e consenso. Coloco-me à disposição dos interessados em unir forças para elegermos um irmão de farda.