Governo do PT afasta 168 PMs no Ceará após início das manifestações

Há quatro dias o estado vive uma onda de violência, com ocupação de batalhões. Policiais brigam por reajuste salarial

O governador do PT, Camilo Santana, afastou 168 PMs após o motim de um grupo de policiais militares que teve início na noite da terça-feira (18/02/2020). A situação se agravou de tal forma que durante os conflitos o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) levou dois tiros ao tentar atropelar um grupo de policiais e seus familiares dentro de um quartel da PM, conduzindo um trator.

Na tentativa de minimizar o conflito, a Controladoria Geral de Disciplina (CGD) afastou 168 policiais militares. O comandante-geral da Polícia Militar do Ceará (PM-CE), coronel Alexandre Ávila, determinou que a sanção tenha ao menos 120 dias.

Serão recolhidas a identificação funcional, distintivo, arma, algema e qualquer outro instrumento que identifique as unidades de trabalho da PM. Os punidos terão o salário descontado.

Comandante Geral da Polícia Militar do Ceará – CEL ALEXANDRE ÁVILA

O governo federal determinou que o emprego das Forças Armadas no Ceará, na chamada “Operação Mandacaru”, tenha como foco a capital do estado, Fortaleza.

VIOLÊNCIA COM A AUSÊNCIA DA PM

Subiu para 88 o número de mortos no Ceará desde o início do motim de Policiais Militares, na última quarta-feira (19/02/2020). Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), somente nessa sexta-feira (21/02/2020), foram mais 37 homicídios, número bem acima da média.

O governo cearense contabiliza casos que se enquadram como homicídio doloso, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio. Há quatro dias o estado vive uma onda de violência.

Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Portal Metrópoles