Quando vemos uma manchete como a que coloquei sempre imaginamos mil e um motivos para o ocorrido.
Sempre imaginamos um bandido da área, indignado com a ação do policial ou algo semelhante. Jogamos a culpa no tráfico, no peba, no vagabundo, mas nunca imaginamos o verdadeiro desfecho.
Separação é algo difícil, mas corriqueiro em nossa sociedade. A dor da perda chega a parecer infinita, acreditamos que nunca irá acabar. Normalmente nota-se nesses casos o apego a pessoa amada. É difícil aceitar o apego aos bens materiais em detrimento a pessoa.
É alguns membros de nossa sociedade provando que o TER atualmente está valendo mais que o SER.
Ver uma esposa que morou 20 anos com um homem mandar matá-lo é inaceitável, perceber que ele ainda ajudou a criar a enteada de 26 anos e que essa também ajudou a encomendar sua morte foge a minha lógica de compreensão.
Separar não é nada bom, digo isso por que já me separei. O sofrimento parece interminável, mas depois percebemos que tudo tem um fim e ele também…
Começar do zero faz parte do processo. A vida é feita de vazios e preenchimentos. Achados e perdas. Somente pessoas sem essa noção são capazes de atos absurdos como esse!
Infelizmente é o segundo companheiro, no ano que se finda, a perder a vida em decorrência de relacionamento (ou fim dele), sem falar no companheiro que foi responsável pelo fim daquela que ele dizia amar!
Ainda bem que existe em nossa instituição um grupo, o qual já fiz parte e admiro, que muitas vezes é mal visto, mas que nessas horas faz a diferença, pelo menos para prender assassinos e suspeitos. A agilidade dos águias na busca da autoria e materialidade (pelo menos a arma do crime e munições utilizadas – o resto compete a polícia civil) foi fundamental nesse caso, assim como foi em outros casos envolvendo mortes de policiais militares.
Parabéns aos companheiros pelo comprometimento e empenho nessa missão…Nossos sentimentos a família policial!
Policial Militar é morto a tiros ao sair de casa em Samambaia
Publicação: 16/11/2009 11:07 Atualização: 16/11/2009 13:58
Um policial militar foi morto a tiros na manhã desta segunda-feira (16/11) em Samambaia. Wagnon Ribeiro Cardoso, sargento do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTrans) estava fardado e saia de casa na QR 313/315 conjunto 2 para ir trabalhar. De acordo com informações da Polícia Militar, um homem atirou em Wagnon pelas costas e fugiu. Ainda não há suspeitos sobre a autoria do crime.
Segundo a polícia, assassinato de PM foi encomendado por esposa e enteada
Publicação: 16/11/2009 16:59 Atualização: 16/11/2009 19:07
A esposa do sargento da Polícia Militar morto na manhã desta segunda-feira (16/11), em Samambaia, confessou nesta tarde, segundo a Polícia Civil, que encomendou o crime. Irani Ribeiro Cardoso, 45 anos, era casada há 20 anos com o policial. Além de Irani, a enteada do sargento, Suelen Suzana Rezende, 26, também estaria envolvida no assassinato.
O crime foi tramado por quatro meses. Segundo Irani, ela e o marido estavam em processo de separação. A morte do policial foi encomendada devido ao dinheiro que os dois conseguiriam com a venda da casa.
O sargento Wagnon Ribeiro Cardoso já havia vendido seu carro, um Ford Fiesta azul, para sanar dívidas com agiotas. Porém, sua esposa não aceitava a venda da casa porque ficaria sem nenhum bem após a separação.
A mulher prestou depoimento após ter sido acusada por Hildelbrando Mariano da Silva, 42 — que confessou ter efetuado os disparos contra o PM — de ser a mandante do assassinato. O homem foi preso em Samambaia por policiais militares. Com ele, foi apreendida a arma utilizada no crime, onde a polícia encontrou munições pertencentes ao sargento morto.
Hildelbrando disparou seis tiros contra o sargento do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTrans). Cinco atingiram o PM, que morreu no local do crime, a cerca de 50 metros de sua casa. De acordo com a polícia, a munição encontrada na arma utilizada no assassinato era do policial.
Segundo Hildelbrando, Irani pagaria R$ 8 mil pela morte do marido e daria mais dinheiro depois de uns dias. A mulher já tinha oferecido R$ 5 mil a outro assassino de aluguel, que recusou a oferta por não matar policiais. O assassino e duas mulheres responderão por homicídio qualificado, podendo pegar até 30 anos de prisão.
Fonte: Correio Braziliense