Opinião: Rocan x segurança – João Coelho Vítola

Interessante o texto publicado no Jornal Correio Braziliense do dia 18 de agosto de 2019, do Cel Vítola, na Coluna Sr. Redator, pág. 12.

Sr. Redator

Segurança

A polêmica a respeito da extinção dos Postos Comunitários de Segurança (ou Postos de Conversa de Soldados, como alguns os apelidaram) é uma questão de ciência e tecnologia. Apesar de ter forte visão mercadológica, que passa uma pequena sensação de segurança (apenas veem os postos), não sobrevive aos aspectos táticos.

Os policiais a pé, de motos ou de viaturas, com seus aparelhos de rápida comunicação e filmagem são mais rápidos e têm o efeito surpresa, principal meio de coibir os delitos. Essa mobilidade é o caráter técnico que não foi ainda evidenciado para o povo.

Os delinquentes olham, veem o número de policiais militares no local e, se for o caso, cometem o crime, sem nenhuma cerimônia. O tempo que alguém leva para ir ao posto reclamar de um crime qualquer, o delinquente sumiu no mundo.

O efetivo nunca foi suficiente para cobrir os postos que se tornam, cada vez mais, vulneráveis a ataques de criminosos, como aconteceram muitos. 

Lembro das Rocans, em que os policiais chegavam em um carro (Kombi), faziam as rondas a pé e  coletavam as necessidades de segurança de todos as pessoas que circulavam pelas quadras, como os síndicos, vigias, moradores, comerciantes etc., que serviam para direcionar melhor o policiamento. Isto sim, é segurança!

João Coelho Vítola, Asa Norte

Informações do Jornal Correio Braziliense