“A equoterapia trouxe o novo sentido, um olhar e um contato diferente. Fazendo do cavalo uma conexão ao mundo de quem tanto quer falar”. “Representa para nós uma brisa suave para repor as energias”. “Uma equipe que comemora com a gente a cada conquista, mas que não deixa de trabalhar as necessidades ainda existentes”. As mensagens dos familiares dos participantes do Projeto de Equoterapia, do Regimento de Polícia Montada (RPMont) da Polícia Militar do Ceará (PMCE), deixa claro a importância da iniciativa, que completa 27 anos nesta terça-feira (14). Para comemorar a data, um mural com os elogios enfeitavam a parede da Cavalaria da Polícia Militar, em Fortaleza. Além disso, os praticantes pintaram suas mãos com tintas e deixaram suas marcas ao lado dos recados.
De acordo com o tenente Leonardo Moura, coordenador do Centro de Equoterapia do RPMont e que também é fisioterapeuta, são atendidas crianças de dois a 13 anos com diversos diagnósticos, como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down. Cada praticante é atendido, individualmente, uma vez por semana, durante meia hora.
“O cavalo assimila até 95% do nosso caminhar. Então, mexe toda a musculatura corporal. No paciente que tem paralisia cerebral, por exemplo, que não anda, a equoterapia vai estar ali simulando o caminhar. Vai envolver a questão motora, a questão psicológica, a questão do medo, trabalha a questão da autoconfiança dos pacientes e do reconhecimento corporal. As crianças com TEA, às vezes, não assimilam o corpo, assim, com a equoterapia, elas vão ter essa questão de reconhecimento corporal, também”, enfatiza o militar.
O Projeto de Equoterapia do RPMont é associado à Associação Nacional de Equoterapia (Ande-Brasil), que normatiza e supervisiona a prática em todo o país. Seguindo as regras da entidade, a iniciativa conta com uma equipe multidisciplinar com psicóloga, mediadores (que são policiais militares) e fisioterapeuta, além de assistente social. São quatro cavalos treinados para a prática.
Benefícios
Mãe de uma das crianças atendidas, Helen Medeiros conta que o seu filho Eduardo, de 11 anos, que tem TEA, evoluiu bastante desde que começou a praticar equoterapia e passou a socializar e interagir melhor. “Ele aprendeu a ter disciplina. Na primeira vez que ele chegou aqui, ele nem calçava as botas. Então, ele foi se conscientizando aos poucos que tudo tem o seu tempo, que para ele concretizar uma ação, ele precisa ter a atitude de aceitar fazer algo, e ele foi entendendo isso”, avalia.
O tenente Leonardo explica que, neste momento, as 45 vagas do projeto estão preenchidas. Porém, há duas listas de espera: uma para policiais militares e seus dependentes e outra para o público civil em geral. Para participar, é necessário o encaminhamento de um médico especialista. Quando surgir uma vaga, o interessado passa por uma avaliação com a equipe interdisciplinar e, somente depois, o paciente está apto a participar das sessões.
Para mais informações sobre os projetos sociais desenvolvidos pelo RPMont, o espaço fica na sede da Cavalaria da Polícia Militar, situada na Avenida Washington Soares, 7250, Cambeba. Os telefones para contato são (85) 3101.3581 / 3101.3582.
FONTE: SSPDS
Assessoria de Comunicação da PMCE