Ocorreu na tarde da ultima sexta-feira (24), no pátio do CEPOM (Complexo de Ensino) da Polícia Militar do Distrito Federal a formatura militar em homenagem aos Policiais militares veteranos da 1ª Turma do Curso de Formação de Soldados de 1967 que completaram 55 anos de ingresso na corporação este ano.
A solenidade teve por finalidade fazer alusão ao aniversário da primeira turma de praças da Policia Militar do Distrito Federal e homenagear os 132 soldados pioneiros da corporação deste grupo que temos o privilégio de contar com 77 ainda vivos e disponíveis para contar sobre os primeiros anos das praças policiais do Distrito Federal.
Os soldados pioneiros da PMDF têm hoje entre 74 e 85 anos. Eles são os veteranos que abriram o caminho que os militares da ativa hoje percorrem. Por longo anos doaram sua força, seu suor e trabalho para que a Polícia Militar do Distrito Federal crescesse. Cumpriram a missão, completaram a carreira e fazem parte da Reserva Remunerada.
O subcomandante-geral da PMDF, coronel Edvã de Oliveira Sousa presidiu a solenidade. Ele falou sobre a importância da data e sobre o exemplo que os veteranos representam.
É momento ímpar completo 30 anos de carreira em fevereiro, posso dizer para os senhores se fosse amanhã embora, estaria com o sentimento de dever cumprido, é um orgulho falar de pele, de farda e do valor daqueles que se doaram pela instituição e pela sociedade Distrito Federal no passado, e assim, formaram as bases do presente que vivemos os senhores são exemplos para todos nós, o portão da guarda de nossos quartéis sempre estará aberto para qualquer policial militar seja da ativa ou reserva. “Devotamos a esses pioneiros todo nosso respeito e a nossa melhor continência, o senhores são sempre muito bem vindos”, finalizou o coronel.
Em 55 anos de história, o principal legado da turma de 67 é a união. O primeiro encontro foi para comemorar os 20 anos da turma. Mas uma tragédia interrompeu a comemoração. Um policial enfartou jogando futebol e faleceu pouco tempo depois no hospital. “Ficamos muito consternados e só voltamos a nos reunir cinco anos depois”, revela o capitão Azevedo.
Superado o trauma, os encontros passaram a ser anuais e sem interrupções desde a comemoração dos 32 anos. “O espírito de corpo é muito bom. O sofrimento que passamos juntos agrega mais amor, mais fraternidade e mais solidariedade”, ensina o capitão Azevedo. “A história de todos nós é uma só. Somos uma família”, complementa o major Pilicério.
Durante o evento o major Monici, representante da turma pioneira, citou em suas palavras a importância desses encontros, seguindo os costumes que são realizados anualmente. “Nós participamos das fases da construção da Capital, onde com nossas próprias mãos, construímos os alicerces da Corporação, que muito nos honra, por ser considerada a melhor Polícia Militar do Brasil. Embora lamentando pelas perdas, ainda conservamos a mesma motivação e mesma alegria do nosso primeiro encontro. Por outro lado, nós continuamos com a mesma missão que assumimos há 55 anos. Continuamos imbuídos dos deveres e dos compromissos que a farda nos trouxe na juventude”.
Um dos homenageados, major Álvaro Lopes, primeiro colocado do 1º CFSD, comentou a honraria. “Agradeço muito e observo, com muito orgulho, que faço parte da primeira turma de praças da PMDF. É importante reconhecer o trabalho daqueles que dedicam sua vida pela segurança da sociedade, mesmo com o risco da própria vida. É motivo de grande satisfação comemorar os 55 anos da Turma 67 e ainda ser homenageado, a PMDF nos proporcionou momentos inesquecíveis, amizades verdadeiras surgidas no período de formação, no seio da família militar”. Destacou o major.
“A farda não é uma veste que se despe com facilidade e até indiferença… mas uma outra pele, que adere a própria alma, irreversivelmente para sempre”! General Octávio Costa
Que a presença desses veteranos possa alimentar a esperança no futuro e a motivação, tão importantes na trajetória de vida de cada policial militar.