Policiais militares do Distrito Federal de unidades operacionais estão na linha de frente de serviços essenciais que não podem parar durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus. O micro-organismo invisível se soma a ameaças à segurança dos servidores em abordagens, ao contato físico no momento de algemar suspeitos e à entrada em ambientes que podem estar contaminados.

Em matéria do Jornalista Carlos Carone, o Metrópoles passou a noite dessa quinta-feira (23/04) acompanhando militares em uma viatura para registrar como a corporação executa os protocolos de segurança que alteraram a atividade policial em tempos de Covid-19. O local escolhido foi a Cidade Estrutural, onde, até a noite dessa sexta-feira (24/04), haviam sido contabilizados 10 casos de coronavírus e uma morte provocada pela doença.

A região, que cresceu às margens do lixão desativado há dois anos, faz parte do Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA). Segundo dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a área, com uma população de 35.520 pessoas, tem a menor renda per capita do DF: R$ 569,97 – 14,59 vezes menor que a do Lago Sul, onde o valor sobe para R$ 8.317,19.

Com ruas estreitas e muitas vezes sem asfaltamento, a Cidade Estrutural tem características que deixam o patrulhamento ainda mais arriscado em meio ao isolamento social. Na noite dessa quinta-feira (23/04), policiais do GTOp 35 começaram a ronda noturna protegidos por luvas e recipientes de álcool em gel acoplados no interior da viatura.

Apesar da chuva, a movimentação do tráfico de drogas na região era intensa. Logo na primeira abordagem, em uma esquina próxima ao local onde um cadeirante mordeu e arrancou parte da orelha de um policial em 6 de abril deste ano, quatro homens foram abordados. Um deles estava com porções de crack escondidas na bermuda. O ponto é conhecido por abrigar uma boca de fumo.

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Informações do Portal Metrópoles