O Senado Federal homenageou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em sessão especial nesta sexta-feira (27), às 10h, pelos 213 anos da Corporação.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) foi o autor do requerimento para promoção da sessão e a presidiu. Também assinaram o pedido os senadores Chico Rodrigues (União-RR), Elmano Férrer (PP-PI), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Daniella Ribeiro (PSD-PB) e Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Izalci afirmou que a realização da homenagem à corporação é importante devido ao trabalho que os militares têm realizado: “Nesses anos todos de existência, a Polícia Militar do Distrito Federal dedica-se à segurança pública da capital federal, atuando em todas as regiões do DF e trabalhando dia e noite para o seu bem-estar, sempre sob o lema: Polícia Militar do Distrito Federal — muito mais que segurança”, explicou.
Durante a solenidade os policias militares tenente – coronel Kelly de Freitas Souza Cezário, subtenente Adailson Mario Belloti e o 1° sargento Jailson Eden Lopes da Silva foram homenageados. A tenente – coronel Kelly é comandante do 6° Batalhão de Polícia Militar, Batalhão Esplanada, unidade da PMDF responsável pelo policiamento da área central de Brasília, onde ocorrem a maior parte das grandes manifestações realizadas na Capital Federal. A oficial esteve a frente do efetivo de sua unidade em todos os momentos.
Já o subtenente Belloti pertence ao Grupo Tático Operacional 29, do 9º Batalhão (Gama). Ele atou com maestria em uma série de ocorrências de destaques na cidade. Dentre os grandes feitos do policial militar, está o resgate de uma criança mantida como refém. O fato ocorreu em 2016 no Setor Leste do Gama. Em 2018, em apenas oito meses, a equipe comandada pelo subtenente Belloti retirou das ruas 12 armas de fogo. Além das apreensões, foram desativadas bocas de fumo no Setor Oeste do Gama.
Em seguida o homenageado foi o 1° sargento Jaílson, integrante do Tático Operacional Rodoviário (BPRV). Sua equipe atua no policiamento rodoviário em trechos de maiores incidências criminais em todo o DF. As abordagens do TOR nas rodovias do DF resultaram na recuperação de veículos roubados ou furtados, apreensões de armas de fogo, drogas e foragidos da justiça. Somente no ano passado, foram apreendidas cinquenta armas de fogo e dinheiro falso, além de 100 quilos de drogas e a prisão de dois estelionatários.
A homenagem recebida pelos três policiais militares foi estendida a todos os integrantes da PMDF.
O subcomandante – geral da PMDF, coronel Edvã de Oliveira Souza, por sua vez, disse que os policiais de Brasília não usam farda, mas sim, uma segunda pele. Além de citar números mostrando a redução da violência, ele reforçou que o trabalho da corporação é incansável. O coronel se emocionou ao relembrar de companheiros de serviço que saíram para trabalhar e não retornaram ao seio familiar.
Durante a sessão solene, foi feita ainda uma homenagem aos mais de cem policias militares que morreram de Covid na capital. Os convidados destacaram que os policiais deram a vida em trabalho e que, apesar da pandemia o serviço da PMDF jamais foi interrompido.
Estiveram presentes na solenidade o subcomandannte-geral da PMDF, coronel Edvã Oliveira Sousa, o Chefe Secretaria de Relações Institucionais, coronel Gilvâni Souza Costa Pinto, o Ex-comandante –geral da PMDF, coronel Marcos Antonio Nunes de Oliveira, o coronel veterano Alexandre da Silva Rodrigues, dentre oficiais e praças da PMDF.
História da Instituição
A história da corporação começa muito antes da construção de Brasília. No início do século 19, Napoleão Bonaparte havia invadido Portugal e imposto o bloqueio continental, o que obrigou a corte portuguesa a ser transferida para o Rio de Janeiro. Devido a isso, promoveu-se um grande desenvolvimento dos aparatos de segurança pública no Brasil-Colônia.
Em 13 de maio de 1809, foi criada a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia da Corte — uma força policial militarizada no Rio de Janeiro, com o objetivo de suprir a escassez de pessoal para o cumprimento das determinações referentes ao policiamento urbano.
O Regimento Policial da Capital Federal foi criado em 22 de outubro de 1831, sob a denominação de Corpo de Guardas Municipais Permanentes da Corte. Ele foi instituído para manter a tranquilidade urbana e auxiliar o Judiciário.
Em 1858, o Decreto 2.081 determinou que o Corpo de Guardas Municipais passaria a se chamar Corpo Policial da Corte. E, em 1866, o Decreto 3.598 reorganizou a força policial, dividindo-a em dois corpos, um militar e outro civil.
Desde então, as forças policiais na capital foram objeto de outras reorganizações. O órgão de segurança pública recebeu o nome de Polícia Militar do Distrito Federal em 17 de novembro de 1920, após a determinação do Decreto 14.477.
Em agosto de 1965, cinco anos após a inauguração de Brasília, o diretor do então Departamento Federal de Segurança Pública determinou que o comandante-geral da corporação, naquela época sediada no então estado da Guanabara, instalasse na nova capital uma unidade administrativa com efeito orgânico de uma Companhia de Polícia Militar.
A finalidade dessa companhia era executar o serviço de trânsito do DF. A PMDF foi instalada na atual capital somente em 1966, com profissionais vindos da PM do Rio de Janeiro, oficiais do Exército Brasileiro e mais alguns remanejados de outras instituições de segurança pública, em virtude da reorganização do Distrito Federal.