O aumento salarial das Forças de Segurança do Distrito Federal, custeada pelo Fundo Constitucional, repassado pela União, foi adiado nesta sexta-feira 27.
Dois dias após ter anunciado ao governador do DF Ibaneis Rocha e garantido um aumento de 8% aos policiais da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás por falta de segurança jurídica.
Bolsonaro explicou que o reajuste deve vir por meio de um projeto de crédito suplementar, a ser enviado ao Congresso em fevereiro, e não mais por meio de uma medida provisória, conforme anunciado na última terça-feira (24).
O presidente da Associação dos Militares Estaduais do Brasil (Ame Brasil), Wellington Corsino, disse ao Radar nesta manhã de sábado (28), que os integrantes das Forças de Segurança do Distrito Federal entenderam a preocupação do presidente sobre a edição de uma Medida Provisória descoberta de dotação na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
“Se enviasse uma MP, o presidente estaria incorrendo em erro podendo ser responsabilizado pela LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal]”, explicou Wellington Corsino que é coronel da reserva da PMDF.
Ele disse que apesar das lamentações feita em nota pelo GDF, sobre o recuou de Bolsonaro, no entanto não houve reação da comunidade policial contra o presidente da República por ter tomado tal decisão.
“Não vejo no recuo dele um gesto de esfriamento nessa intensa admiração e respeito que os policiais do Brasil, principalmente os militares e bombeiros militares têm pelo presidente Bolsonaro”, disse Corsino.
“Os atos de Bolsonaro desde quando ingressou na vida pública falam mais alto do que esse recuo. Ele acertou ao estabelecer a proteção social dos militares, ele tomou a atitude de dar indulto aos policiais militares que cometeram falhas em serviços. Isso não se apaga. É o primeiro presidente da história recente do Brasil que se preocupa com os policiais na rua”, completou.
O presidente da Ame Brasil afirmou ainda que não foi má vontade do presidente da República ao recuar em conceder um reajuste que cairia lá na frente por falta de segurança jurídica.
Com a nova proposta, a ser enviada em fevereiro ao Congresso, o presidente da República irá garantir os 8% a toda comunidade policial e que o reajuste será retroativo.
“É questão de dois ou três meses. Quando esse Projeto for encaminhado ao Congresso Nacional nós vamos trabalhar intensamente para que a proposta do presidente seja aprovada em regime de urgência. Já estamos conversando com deputados e senadores. Todos têm interesse de ajudar”, disse Wellington Corsino.
Informações do Site Radar DF