Controvérsias no sistema de assistência à saúde dos policiais militares estão no centro da demissão da comandante-geral da Polícia Militar, coronel Sheyla Sampaio. O governador Ibaneis Rocha ficou irritado com a resistência de integrantes da corporação, entre eles Sheyla, à ideia de transformar o Centro Médico da PM em um Hospital de Servidores da Segurança Pública, com a prestação de serviços a policiais civis e bombeiros. “Hoje, coronéis são atendidos em hospitais particulares e a PM ressarce”, comentou o governador. O sistema de saúde da PM é caro e ineficiente, segundo uma auditoria recente do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Entre 2013 e 2017, a PM gastou R$ 1 bilhão com consultas e ressarcimento de serviços aos policiais e seus dependentes. No total, o sistema atende 68,3 mil beneficiários.
Espaço caro e ocioso
Em 2017, a PM gastou R$ 234,2 milhões com o sistema de assistência à saúde. Dividido pelo total de beneficiários, a despesa por pessoa foi de quase R$ 3,5 mil no ano. Além disso, a corporação tem dívidas que somam mais de R$ 117 milhões. O Centro Médico da PM atualmente está 60% ocioso, mas muitos integrantes da corporação colocam obstáculos ao compartilhamento do espaço com servidores das outras forças de segurança.
Informações da Coluna Eixo Capital/CB PODER.