Criada em 1928, a Polícia Rodoviária Federal completa nesta sexta-feira (24) 92 anos de existência. Com a denominação “polícia de estradas”, as primeiras rodovias vigiadas pelos chamados “inspetores de tráfego” foram a Rio-Petrópolis, Rio-São Paulo e União Indústria .
Em Goiás, a PRF chegou em 1960, quando 13 patrulheiros tomaram posse no órgão com a missão de cuidar da BR 060 e BR 153, as duas rodovias federais que existiam à época, ainda sem pavimentação asfáltica.
Sem armamento, sem treinamento, sem edificações, os patrulheiros dispunham de uma Rural e um Jipe e ficavam em uma palhoça na BR 060, saída para Brasília, local onde hoje está a Unidade Operacional da PRF em Anápolis. Embora poucos, os guardas rodoviários tinham a importante missão de vigiar um dos eixos que liga a, então recém-criada capital federal, a importantes centros econômicos, contribuindo para o progresso e desenvolvimento ao interior do país.
Atualmente, dos 13 pioneiros da PRF em Goiás, apenas três estão vivos, com 86 anos de idade, sendo um deles, inspetor Wilson Sales Brasil, superintendente regional da PRF no estado por 26 anos.
A dedicação e abnegação desses patrulheiros, superando as dificuldades impostas à época, especialmente na estrutura, foram fundamentais para a PRF chegar aos seus 92 anos almejando ser reconhecida pela sociedade como referência de inovação, integração e conhecimento em segurança pública.
Essa instituição se modernizou, evoluiu sua forma de atuar extrapolando as atribuições relacionadas à segurança viária. Um dos principais eixos de atuação, o enfrentamento à criminalidade é parte da rotina PRF, desde as abordagens no serviço ordinário à operações temáticas nacionais e regionais. A instituição aposta na estratégia de orientar o policiamento com informações de inteligência policial, investindo cada vez mais em tecnologia, capacitação e integração com outros órgãos, o que tem conferido inovação e qualificação das ações de norte a sul do Brasil, dentro e fora das Brs. A ideia é enfraquecer a estrutura logística e financeira do crime organizado.
Com atribuições que vão desde a prevenção de acidentes e mortes, passando pela escolta de autoridades, auxílios aos usuários da rodovia, enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes e ao tráfico de pessoas, armas e drogas, a PRF cumpre sua missão de proteger vidas e promover a segurança pública no Brasil, pronta para o que for preciso, onde precisar.