A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza, nesta quinta-feira (4), o workshop Rotas da Integração: Desafios e perspectivas para a PRF. O evento, na Sede Nacional em Brasília (DF), reúne representantes de instituições nacionais e de países que fazem fronteira com o Brasil para ampliar a atuação conjunta na área de Segurança Pública e de Segurança Viária.

Entre os assuntos abordados nas palestras estão os corredores que passam pelo Brasil e envolvem mais de um modal viário, como a rota Bioceânicas de Capricórnio, o Corredor Sul Bioceânico, que ligam os Oceanos Pacífico e Atlântico, além das rotas da Ilha das Guianas, Quadrante Rondon e Amazônica. O objetivo é ampliar a discussão e aperfeiçoar o planejamento e a execução de atividades que garantam a segurança nos trechos nacionais e internacionais.

Na cerimônia de abertura do encontro, o diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira, destacou que o foco nesses corredores é evitar que o crime organizado se aproveite da melhoria na logística e na infraestrutura das rodovias para cometer crimes: “Que esses corredores que vão levar desenvolvimento, levem apenas desenvolvimento, que a gente garanta a fluidez desse trânsito, para que esses corredores efetivamente funcionem e que a gente impeça, de forma forte, de forma civilizada, mas mantendo a força de uma polícia, a força necessária para impedir que esses corredores possam sequer serem pensados, serem utilizados pelo crime organizado”.

A PRF também apresentou o plano de ação Rotas de Integração: Desafios e Perspectivas para a PRF. O documento apresenta as rotas que conectam o Brasil a outros países da América do Sul, planejamento, projetos estruturais e de reforço no policiamento e ações adotadas na prevenção e combate à criminalidade e na manutenção da segurança viária.

O secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), André de Albuquerque Garcia, participou da cerimônia de abertura e falou sobre a importância da ação conjunta entre países: “Quando se fala em Segurança Pública, nós estamos sempre falando em integração entre as agências policiais, do trabalho cada vez mais pautado no que faz a Polícia Rodoviária Federal, de inteligência e equipamentos do Estado da melhor forma possível para oferecer segurança pública para o cidadão brasileiro e para os cidadãos sul-americanos”. 

Para manter a eficiência e aprimorar o trabalho integrado das forças de segurança, a ação conjunta entre as instituições que participam do evento foi assunto de destaque no início do workshop. Para o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, “esse conceito de fronteiras é um ponto de encontro de soberanias, e não de separação. Se ele é um ponto de encontro, deve ser um ponto de soma das capacidades instaladas nessas soberanias, porque quando se fala de integração, nós estamos falando de liberdade de trânsito, de pessoas, de riquezas, buscando o desenvolvimento”.

A cerimônia de abertura do evento também teve a participação da diretora de Inteligência da PRF, Nadia Zilotti, da diretora do Departamento de Integração Regional do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Daniela Benjamin, do secretário de Relações Institucionais do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), João Victor Villaverde de Almeida, do presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Tácio Melo da Silveira, e de autoridades de diversas instituições. 

FONTE: Polícia Rodoviária Federal