O Solidariedade expulsou a deputada distrital Sandra Faraj do partido. A decisão, tomada em reunião entre os representantes da Executiva Nacional, foi comunicada à parlamentar nessa terça-feira (20/2) pelo presidente nacional da sigla, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical.
O partido agradeceu a colaboração, mas pediu que Sandra se desligasse da legenda. “Eu e meus 4,9 mil filiados, que eu trouxe para o partido, já estávamos mesmo de saída, diante da deselegância do atual presidente Augusto Carvalho, um sujeito preconceituoso por eu ser mulher e por minha opção religiosa”, disparou Sandra Faraj.
Segundo a parlamentar, ela já está recebendo vários convites de outras siglas. “Eu só estava esperando a janela para definir a qual partido vou me filiar”, disse.
Sandra enfrenta processo na Justiça por supostamente ter desviado recursos da verba indenizatória na Câmara Legislativa. Na Casa, o pedido de cassação dela foi arquivado.
A assessoria de imprensa de Sandra Faraj esclarece que não houve processo formal de expulsão, que exigiria um rito específico, com exposição de motivos e apreciação da cúpula partidária.
Após a publicação desta reportagem, a assessoria da distrital divulgou nota para comentar o assunto.
“Para o processo eleitoral de 2018, a deputada Sandra Faraj não será candidata pelo partido Solidariedade.
A desfiliação dela se dará por incompatibilidade com algumas bandeiras partidárias do Solidariedade, e pelo fato de a presidência regional do partido nunca ter se interessado pela luta da distrital em defesa das famílias do Distrito Federal.
A decisão da desfiliação será acompanhada por outros 4.998 filiados, que apoiam a atuação da deputada Sandra Faraj.”
Após todas as acusações, mesmo tendo eleitores cativos, a reeleição da parlamentar será muito difícil. Encontrar um partido onde ela possa ser mais votada e que garanta sua reeleição também.