Das 27 unidades da federação, nove tiveram redução da taxa de desemprego no quarto trimestre de 2019, frente aos três meses anteriores, mostram dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego nacional recuou para 11% no quarto trimestre de 2019, como divulgou o IBGE no fim de janeiro. O instituto informa nesta sexta-feira esses resultados detalhados por unidades da federação e regiões do país.

O cálculo do IBGE sobre o número de unidades de federação com redução da taxa de desemprego considera apenas as variações para além do intervalo de confiança (margem de erro) da pesquisa. Se esse intervalo for desconsiderado, houve queda da taxa de desemprego em 23 de 27 unidades da federação.

Os nove Estados com quedas relevantes do desemprego frente ao terceiro trimestre foram Maranhão (de 14,1% para 12,1%), Pará (11,2% para 9,2%), Alagoas (de 15,4% para 13,6%), Pernambuco (de 15,8% para 14%), Rio Grande do Sul (de 8,8% para 7,1%), Paraná (de 8,9% para 7,3%), Mato Grosso (de 8% para 6,4%), Ceará (de 11,3% para 10,1%) e Rio de Janeiro ( de 14,5% para 13,7%).

O desemprego no Estado de São Paulo passou de 12% para 11,5%. Segundo o IBGE, essa variação está dentro do intervalo de confiança da pesquisa.

Desemprego

Taxa de desemprego no 4º trimestre por Estado – em %

Longa duração

O desemprego de longa duração, uma dos piores legados da crise no mercado de trabalho, começou a ceder no país. O país tinha 4,56 milhões de pessoas em busca de emprego havia um ano ou mais no último trimestre de 2019, 8,6% abaixo de igual período do ano anterior.

O desemprego de longa duração é definido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como pessoas que procuraram emprego continuamente por pelo menos um ano.

Dados do IBGE mostram que a melhora foi maior entre as pessoas que procuravam por uma vaga havia de um ano a dois anos: esse contingente era de 1,65 milhão no trimestre final de 2019, 12% abaixo do mesmo período do ano anterior.

Entre pessoas que procuravam vaga havia dois anos ou mais, esse contingente somava 2,91 milhões de pessoas, baixa de 6,5% frente ao mesmo período de 2018. “Essa melhora tem a ver com a melhora da ocupação”, disse Adriana Beringuy, técnica do IBGE.

Informações do Site Valor Econômico