É impressionante ver mais um POSTO POLICIAL incendiado no DF. Desta vez foi em SÃO SEBASTIÃO. É inadmissível ver tamanho abandono da Segurança Pública e tamanha audácia da marginalidade. A sensação de abandono incentiva tais atitudes! A teoria das janelas quebradas pode explicar o que está acontecendo no DF. É normal virar rotina? Aceitável ter 06 postos queimados em menos de um ano, dois em menos de cinco dias? Estudo o tema há mais de seis anos e vejo que o problema é antigo e ninguém busca uma solução. O primeiro posto foi incendiado no Guará antes mesmo de ser inaugurado.
Cada governo que entra desconstrói o que o governo anterior fez. Infelizmente o projeto de postos no DF não teve a assimilação das corporações policiais. Não temos uma polícia de Estado, nossas polícias são sempre de governos. Vivemos no DF uma alternância entre postos policiais e viaturas. Os postos foram implementados em sua maioria entre 2007 e 2008. No atual governo optou-se pelo “híbrido” posto/viatura, o que chamamos de base comunitária.
Vários postos foram depredados nos últimos anos. Há mais de três anos os postos foram definitivamente esvaziados. Adotou-se o modelo “rotativo”. O policial permanece um tempo no posto e outro na viatura. A noite prioriza-se o patrulhamento em viaturas. O primeiro modelo foi apresentado em Planaltina, onde tivemos alguns postos queimados. O posto não atingiu seu objetivo de ser uma referência para a comunidade. Também deixou de ser um ponto de permanência para o policial. O próximo governo terá um grande desafio na área de segurança pública. Um dos calcanhares de aquiles será a desativação ou não dos postos policiais. Além da mudança de paradigma na área de prevenção. A PM é preventiva é tem que atuar preventivamente. É possível proteger a população se não estão conseguindo se proteger?