A Polícia Civil do Estado de Goiás, por intermédio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Itaberaí, deflagrou, na manhã de hoje (12), a Operação Imperium, para dar cumprimento a cinco mandados de prisões temporárias e cinco mandados de buscas e apreensões expedidos pelo Poder Judiciário (Comarca de Itaguaru) em decorrência de investigação que apurou a ocorrência do crime de homicídio. O crime aconteceu em Itaguaru, na noite de 24 de janeiro deste ano, ocasião em que foi morto Elton Geraldo da Silva, 56 anos. Os mandados foram cumpridos hoje simultaneamente nas cidades de Itaguaru e Uruana.
De acordo com a investigação, no ano de 2012, a vítima Elton Geraldo teria assediado uma moça, na época com 17 anos de idade, filha de seu vizinho, mandando a ela mensagens pelo celular dizendo que ela era o “sonho da vida dele”, que “desejava que fosse a mãe de suas filhas”, bem como a abordou na rua por algumas ocasiões dizendo “você está linda demais”. Na época foi lavrado procedimento policial sobre este fato, na DP de Itaguaru, e remetido ao Poder Judiciário. Entretanto, o pai dessa moça passou a nutrir raiva por seu vizinho Elton Geraldo da Silva. Pouco tempo depois, a moça se casou com um conhecido empresário da cidade, o qual tomou conhecimento dos fatos praticados por Elton.
O GIH de Itaberaí apurou que, em 24 de janeiro de 2021, a moça, seu marido e um segurança do estabelecimento comercial do casal foram até a residência de outro investigado, ocasião em que esse segurança pediu a essa terceira pessoa que lhe entregasse uma arma, alegando que naquela noite mataria um pedófilo. Já em poder da arma, o segurança e o casal foram até a área do depósito do estabelecimento comercial, onde o segurança se apoderou de uma motocicleta e foi até a casa da vítima, matando-a na calçada. Os policiais civis descobriram que a informação acerca do local onde a vítima estava foi passada pelo vizinho da vítima, pai da moça assediada em 2012, ao seu genro que, por sua vez, informou ao executor do crime.
Todos os envolvidos foram presos e indiciados, na medida de suas culpabilidades, pelo crime de homicídio duplamente qualificado pelo motivo fútil e pelo emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Caso condenados, as penas podem variar de 12 a 30 anos de reclusão. O caso foi solucionado em apenas 18 dias após diversas diligências.