O vazamento dos dados pessoais de 223 milhões de brasileiros na internet é um acontecimento que acende um alerta vermelho sobre a possibilidade da prática de golpes e fraudes, como saques bancários, falso sequestro de parentes, recebimento de boletos falsos por e-mail ou Whats App, entre outros.
Além disso, foi registrado outro vazamento preocupante, que expõe os dados de 100 milhões de celulares.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) tem realizado uma interlocução direta com os Procons Estaduais para uma atuação uniforme de investigação e penalização das empresas responsáveis.
O órgão ligado ao Ministério da Justiça notificou, no último dia 12 de fevereiro, as quatro maiores operadoras de telefonia móvel– a Claro, Oi, Tim e Vivo – para prestarem esclarecimentos sobre o vazamento de dados de consumidores. Elas têm o prazo de 15 dias para apresentarem resposta.
A empresa Serasa Experian não confirmou o vazamento e também disse que não encontrou nenhum indício de invasão em seus sistemas.
O Procon Goiás recomenda aos consumidores algumas medidas de segurança cibernética para evitar que se tornem vítimas de eventuais fraudes, como por exemplo:
– Considerar a troca de senhas bancárias de cartões de débito/crédito e de celular;
– Ativar a autenticação em duas etapas de contas e serviços pelo número do celular ou pelo e-mail. A medida torna-se necessária, uma vez que apesar de não ter havido o vazamento de dados bancários, informações como nome, CPF, telefone e e-mail podem ser usados para a troca de senha ou do e-mail de recuperação de conta.
– Também é importante redobrar a atenção no uso da internet. Tome cuidado ao clicar em links, em mensagens, e-mail e demais redes sociais, mesmo que o conteúdo tenha sido encaminhado por pessoas conhecidas.
– Em caso de ligações envolvendo o suposto sequestro de parentes, a orientação é que o interlocutor não entre em desespero. Ele deve tentar inicialmente contato com o parente e não fazer qualquer transferência de valores. Caso se trate de golpe, é preciso procurar imediatamente uma delegacia de polícia.
– Contratação de empréstimos:
Nestes casos, a pessoa pode descobrir que foi realizado um empréstimo pessoal indevido após ter o nome negativado.
O problema pode ser resolvido por meio de contato nas próprias empresas. Primeiramente, é preciso pedir um extrato detalhado ao órgão de proteção em que está negativado, para comprovar a origem da dívida. Depois disso, entre em contato com a empresa responsável pela negativação, por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), ou escreva uma carta de próprio punho afirmando desconhecer o débito.
Solicite o número do protocolo na empresa responsável e faça uma cópia da contestação escrita a mão. Em seguida, a empresa deve emitir um documento que comprove o recebimento da carta, com data, assinatura e carimbo. Se houver recusa por parte da empresa em limpar o nome da pessoa, esta poderá recorrer à Justiça e até mesmo ingressar com uma ação de indenização por danos morais.
Fonte: Procon Goiás-GO