A força e a dedicação dos servidores da Polícia Civil do Estado do Maranhão pode ser percebido de diferentes formas. Além do trabalho relacionado às investigações e elucidação de crimes, muitos desses policiais desenvolvem atividades em outras áreas, dentro e fora da Instituição, como por exemplo a música.
Essa matéria especial vem destacar e compartilhar as histórias de policiais civis, que mesmo com uma rotina no combate à criminalidade e com as altas tensões em meio a operações policiais, conseguem tirar um tempo para praticar a carreira musical.
Aqui vamos apresentar os relatos dos delegados de Polícia Civil Breno Galdino e Mauricio Matos, além do investigador Gilson Salomão e do escrivão Marcos Aurélio. As histórias deles se somam a de outros policiais que também se destacam em outras áreas como o esporte, as artes, a gastronomia e outros. São profissionais que fazem a diferença nas suas áreas de atuação e que agregam valor a Polícia Civil do Maranhão.
O chefe da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico(SENARC), o delegado Breno Galdino encara constantemente operações para inibir o que é considerado por muitos, um dos males do século, a entrada das drogas na sociedade. Porém, o que muitos desconhecem é que o delegado que está prestes a completar 18 anos de carreira policial, sempre praticou uma segunda paixão, a música.
“O amor pela música surgiu aos 13 anos de idade inicialmente observando o meu pai, que comprou um violão e passou a fazer cursos por correspondência. Quando podia, eu pegava o violão e tocava com as famosas “revistinhas de cifras”, músicas de bandas que gostava da época, como Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Titãs, Pink Floyd, Faith no More, Nirvana etc. Já com alguma noção sobre música, tive a oportunidade de conviver com amigos músicos no meu colégio (Marista), que formaram uma banda inominada, tanto para tocarmos em algumas missas, como em eventos culturais do Colégio. Nesse momento foi que conheci o instrumento que tenho mais afinidade hoje, o contrabaixo. Basicamente todos tocavam violão/guitarra, e ninguém gostava do famigerado instrumento grave de poucas cordas”, relatou Breno.
“Já no ano de 2017, fui convidado por um amigo a fazer apresentações em bares, plantando a semente da banda Bandit. Não me satisfazendo com apenas uma banda, entrei no projeto da Banda Netfreaks. Uma banda que de uma brincadeira de amigos transformou-se em um grupo musical com shows em vários bares da cidade, sempre com a proposta de criar ambientes lúdicos e saudosistas, com a execução de temas de filmes, seriados, desenhos, propagandas e outras referências da cultura pop, tendo em vista alcançar, sobretudo os cinéfilos”, destacou empolgado o delegado.
Outro que também achou na música uma forma de tranquilizar a vida foi o escrivão da Polícia Civil do Maranhão, Marcos Aurélio da Silva que possui 12 anos de atividade policial. Atualmente ele atua como baixista na banda Ludoviscience, porém com passagens em outras bandas.
“A minha paixão começou ainda na minha adolescência, eu possuía alguns amigos que tocavam em banda e como meus pais gostavam também de música, pedi e eles compraram um violão para mim. Como não conhecia professor de música, comprei uma revista que possuía os acordes e comecei a aprender sozinho. Posteriormente me interessei em aprender a tocar o contrabaixo e atualmente estou aprendendo tocar Ukulele,” destacou Marcos Aurélio.
Em tom carismático o escrivão disse: A música na minha vida é uma paixão de adolescência. Ela é uma forma de expressão e de se comunicar com o mundo. Através dela podemos demonstrar sentimentos e realidades através da combinação de sons. Ela alegra e acalma a vida. O dia a dia da atividade policial é muito agitada, a música serve para nos desacelerar, relaxar e também nos faz refletir”.
Ele reconhece que existem os altos e baixos no que tange conciliar as duas áreas. “É um pouco complicado, pois além do trabalho, temos família e atualmente estou cursando faculdade, mas como a vontade de tocar é maior a gente dá um jeito. Como falei antes, faço parte da banda de rock nacional chamada Ludoviscience, nossos ensaios, em algumas ocasiões, ocorrem no horário do almoço, tudo para conciliar o trabalho com a música,” finalizou Marcos Aurélio.
O atual delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), Mauricio Matos é mais um entre tantos policiais civis que optaram em ter a música como hobby ao longo desses também 12 anos de carreira dentro da Polícia Civil do Maranhão.
“A música sempre esteve presente na minha vida seja como apreciador ou na prática musical. Nos primórdios da minha infância, sempre tentava tocar o violão ou teclado de meu pai e essa paixão foi se transformando em aprendizado ao longo dos anos, entretanto nestes anos serviço policial conheci vários colegas com o mesmo tino para a música que nos rendeu várias parcerias, inclusive como integrante da banda Ludoviscience, onde atuo na guitarra e violão”, informou Mauricio Matos.
“A minha admiração pela música foi desde sempre, quando criança sempre tive a curiosidade em aprender a tocar instrumentos musicais e fui, com o passar do tempo, desenvolvendo a aptidão e o prazer em tocar as músicas que gostava. Hoje vejo a música como um hobby, então nas horas vagas no meu descanso ou até com os colegas policiais que também são músicos desenvolvo tal arte,” ressaltou Mauricio com relação a equilibrar os afazeres da delegacia com as notas musicais.
Com 22 anos de carreira e muita experiência dentro da Polícia Civil do Maranhão, o investigador Gilson Salomão lotado atualmente da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (SEIC), recebeu a música como um presente em sua vida.
“Aos 13 anos de idade comecei a ter aula de violão juntamente com dois primos da mesma idade. Pouco tempo depois, meu irmão mais velho também começou a tocar violão e, pouco tempo depois, já estava iniciando sua profissão de músico (sua profissão até hoje), fato este que me fez frequentar e acompanha-lo em várias casas de shows, bares, etc. Também contribuiu muito o fato de minha irmã ser professora de violoncelo da Escola de Música Lilah Lisboa por mais de três décadas. Um ano depois, me reuni com os primos e alguns amigos e formamos a nossa primeira banda, onde eu tocava teclado. Chegamos a fazer show em aniversários e eventos de amigos”, relembrou o investigador.
“Com 16 anos de idade ingressei na Escola de Música Lilah Lisboa do Estado do Maranhão, onde fiz dois períodos de piano, instrumento espetacular. Mas devido o contrabaixista sair da banda que participava, tive que largar o teclado e assumir a função de contrabaixista. Ao ingressar na Universidade e com a rotina de trabalho antes de ser policial civil, a música ficou sempre presente na minha vida, mas não estava conseguindo conciliar os ensaios com a rotina diária”, destacou Gilson Salomão.
“Não há um dia em que não escute música, sempre que posso, estou sempre “tirando um som”, como dizem os músicos. A música serve para dar equilíbrio na vida corrida e perigosa de um policial civil. Me ocupo em algumas noites da semana dando aulas de violão a iniciantes, sejam eles: crianças, adolescentes ou adultos. O importante é promover a música entre as pessoas para que todos possam ter a música como sua companhia”, acrescentou Gilson Salomão.
Sabemos que a música é reconhecida por especialistas como uma opção que pode desenvolver a mente humana, ocasionando um equilíbrio, um estado desejado de bem estar, facilitando a concentração e o raciocínio. Sendo assim, temos a certeza de que alguns dos profissionais da Policiais Civil do Maranhão que escolheram em seguir esse dom musical, possuem a tendência de uma ótima prestação de serviço à sociedade.