Existe um trabalho interessante, dissertação da querida companheira de trabalho na Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, socióloga, Andréia de Oliveira Macêdo, ex-coordenadora do Pacto Pela vida no DF,  que um dia irei comentar aqui e que tem como título uma “aspas” do então governador de Pernambuco, durante a condução do Pacto Pela Vida em Pernambuco: “Polícia, quando quer, faz!”, que me fez refletir sobre a redução de interstício na PM e reformular tal fala,  em minha opinião o “comando, quando quer, faz!”

Hoje foi publicada a portaria que reduz o interstício para as promoções de praças na PMDF, ou seja, ela reduz o tempo em 50% para que os policiais possam ser promovidos. Na prática, um cabo que está na graduação há quatro anos e três meses, que é o meu caso, mas precisa de no mínimo cinco anos na graduação para ser promovido, poderá concorrer a promoção com dois anos e meio, caso tenha vaga para a graduação superior.

Quero parabenizar o atual comando e o Chefe da Casa Militar pela postura atual. Estive em duas mesas de negociações no ano passado e sei das dificuldades, mas também sei da importância do empenho de um Comandante-Geral para que isso ocorra. Ficamos duas promoções consecutivas sem redução. Um atraso incalculável para alguns, pois matou a possibilidade de promoção para antigos que estavam prestes a ir para a reserva como primeiro sargento, mas tiveram que ir com uma graduação a menos.

A não redução impactou diretamente na próxima promoção, atrapalhando a contagem das próximas, o que em um efeito “cascata” gerou um atraso de no mínimo dois anos no acumulado, condenando os não promovidos neste período de um ano, a uma graduação a menos no futuro, a não ser que ainda seja corrigida tal injustiça. Sugiro um aumento de mil vagas para a graduação de subtenente, nos próximos anos, para corrigir alguns erros do passado e para garantir que todos cheguem a “classe especial” de nossa carreira. Talvez esta seja a única “reestruturação” possível neste governo. O ideal seria o quadro abaixo:

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Não poderia deixar de agradecer também o governador Rodrigo Rollemberg, pois ele também tem seu mérito nesta redução, pois sei que toda área técnica o orientou para não fazer, em decorrência do estado financeiro do DF, mas como diz um amigo “ele matou no peito e chutou para o gol” acatando os pareceres dos Comandantes da PM, do Corpo de Bombeiros e da Casa Militar. É disso que precisamos, de um governador que tenha coragem para tomar certas atitudes, que reconheça nosso valor e que não nos  deixe abandonados.  Precisamos de um verdadeiro comandante!

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