Na última quarta-feira (20), a Polícia Civil do Maranhão representou junto a justiça medidas cautelares em desfavor de investigados referente aos assassinatos das jovens encontradas mortas no dia 21 de março deste ano, no bairro Parque Aliança, em Timon. A representação foi solicitada pela Delegacia de Homicídios da cidade de Timon, que prendeu seis pessoas e quatro já tiveram seus mandados de prisão expedidos e que já são consideradas foragidas da justiça.
As adolescentes Joyce Ellen de 15 anos e Maria Eduarda de 17 anos de idade foram torturadas, mortas e os corpos enterrados em covas rasas após serem decretadas num “tribunal do crime” realizado por organização criminosa.
Como resposta a Polícia Civil do Maranhão com apoio das polícias civis paraense e gaúcha realizou a prisão no dia 23 de abril deste ano, no estado do Rio Grande do Sul, de uma mulher envolvida no crime. No último mês de junho, mais duas mulheres foram presas na cidade de Teresina, no Piauí. No dia 28 de junho, outra mulher também foi presa em Teresina por envolvimento no crime, além de ser autuada em flagrante por tráfico de drogas. Neste mês de julho, mais duas mulheres foram presas, sendo uma na cidade de Uruçuí, no Piauí e em Marabá, no Pará.
Agora, a Polícia Civil procura por Willian de Sousa Teófilo, Karina Ellen do Carmo Sousa, Johnny Willer Rodrigues de Souza, esse último apontado como um dos líderes de uma organização criminosa que reside em São Luís e Antônio de Deus Pereira, líder da Organização no Piauí.
A Delegacia de Homicídios de Timon informou que o quadro feminino da organização de origem maranhense que já alcançou outros estados foi responsável pelas mortes das jovens. Nenhuma das duas vítimas eram faccionadas, que uma da vítimas residia na área da organização rival e postava fotos fazendo menção apenas por brincadeira. Já a segunda vítima morava na área da organização que a matou, fazia fotos com o símbolo da referida organização sem ao menos participar e foi executada.
As investigações chegaram a conclusão do requinte de crueldade aplicado nas jovens, confirmando que uma das vítimas pediu pra morrer de tiro ou que a enterrasse viva mas que não batessem mais na mesma. Os laudos cadavéricos apontaram meios cruel. As jovens foram mortas com golpes de faca, taco, pá e picareta e uma delas enterrada ainda viva.
A Delegacia de Homicídios de Timon também informou que logo após o fato, por ordem do Secretário de Segurança Pública e Delegacia Geral do Maranhão, dois policiais civis fossem lotados de imediato na especializada para integrarem o efetivo que antes eram apenas 3 investigadores.
A SHPP e equipe da DCCT/SEIC estão em trabalho conjunto com a Delegacia de Homicídios, assim como unidades policiais de Timon e Teresina-PI que também auxiliam em informações e operacionalidade. As denúncias podem ser feitas através do telefone (99) 98447-1057 ou qualquer outra unidade policial.