Moradores e comerciantes próximos ao Centro Olímpico da cidade Estrutural viram a rotina mudar após a inauguração de um posto 24 horas da Polícia Militar, em abril deste ano.

No lugar de invasões, furtos e roubos no local, o que há agora é muita gente matriculada para as atividades do Centro, o comércio prosperando e uma grande sensação de segurança entre os moradores de uma região considerada vulnerável em termos de criminalidade, de acordo com estudos feitos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social.

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Visão de dentro da lanchonete em frente ao Posto Policial – Foto. J. Roberto

 

Por ser um espaço público importante para a comunidade, a presença constante de policiais militares mudou de imediato a rotina do Centro. “Tínhamos um cenário preocupante, com invasores pulando a cerca e ameaçando os vigias para usar a piscina, mesmo durante as aulas de dia. Registrei mais de 20 ocorrências de roubos e furtos de equipamentos”, lembra Amilton Prado, diretor da unidade. Ele lembra que antes da instalação do posto, pessoas que não eram matriculadas invadiam a piscina para tomar banho e expulsavam os alunos do centro. Até churrasco em fim de semana os invasores chegaram a fazer, segundo Amilton.

Mas a partir da instalação do posto, o número de ocorrências foi a zero. “A frequência dos alunos aumentou e os professores trabalham com mais tranquilidade”, ressaltou Amilton. Além do policiamento fixo, o local serve como base para o policiamento e por isso o a presença da Polícia Militar é constante. Cerca de 60 policiais militares do 4º batalhão trabalham no patrulhamento na região.

Há dois anos levando e buscando a filha Ana Clara no Judô, a moradora da chácara Santa Luzia Lany Lima viveu de perto as duas realidades do Centro: o antes e o depois do posto 24 horas. “Eu sempre fiz questão de que minha filha fizesse atividade física, porque acho importante. Hoje eu me sinto mais segura de vir aqui trazer ela para a aula porque sempre tem policial e viaturas paradas na frente”.

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Melhorias na vizinhança

O aumento das sensação de segurança com a chegada da PM refletiu diretamente no comércio, que cresceu junto. Dois salões de beleza e uma lanchonete começaram a funcionar desde então. Para Maria Lúcia dos Santos, que faz aula de ginástica e tem dois filhos na natação, a presença dos policiais a motivou a abrir a lanchonete na rua em frente. “Desde que montei meu comércio, que não é muito grande, nunca aconteceu nenhum roubo ou furto, nem nos outros ao lado”.

Presente desde a instalação do posto, o sargento da Polícia Militar Aderivaldo Cardoso ressalta que no início houve a necessidade de ações policiais na região. Abordagens, revistas pessoais e pontos de bloqueios na rua que passa em frente ao Centro Olímpico e muita conversa com os moradores. “Fizemos apreensões de drogas, de veículos roubados e mediamos alguns conflitos entre vigias e pessoas que queriam entrar sem autorização”.

Para o policial, essa fase serviu para mostrar para a população que a Polícia estava ali. “Hoje há uma harmonia por aqui. Não precisamos sequer patrulhar o interior do Centro Olímpico porque o trabalho com a comunidade foi bem feito”, destacou. O que se vê hoje é um espaço ocupado inteiramente pela comunidade, com crianças e pais participando das aulas de ginástica, futebol, natação, judô, entre outras, e das oficinas de fotografia e de circo.

Um ponto de referência para a comunidade

Com segurança e policiamento, o Centro Olímpico está indo além das atividades esportivas. A direção do local firmou diversas parcerias com outros órgãos do governo para oferecer mais serviços à comunidade da região. Lá já funciona um núcleo do Saúde da Família, da Secretaria de Saúde, e para o próximo mês está previsto a instalação de um núcleo do programa Esporte à Meia Noite, em parceria com a SSP, que atenderá adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.

O diretor pretende ampliar o funcionamento do Centro Olímpico ainda esse ano. “Além das parcerias, pretendo estender os horários de funcionamento para o período noturno também, para atender as pessoas que trabalham durante o dia e que só têm a noite para praticar atividade física”.

A Vila Olímpica da Estrutural funciona de terça a domingo e atende toda a comunidade a partir dos quatro anos de idade. A unidade dispõe de atividades voltadas especialmente às pessoas com deficiência, são elas: atletismo, natação, tênis de mesa e bocha.

Mais informações pelo telefone 3383-8428.

Por: João Roberto – SSP