Em menos de 72 horas após prender cinco suspeitos de envolvimento em um esquema para montar falsas casas lotéricas e correspondentes bancários no Ceará, Pará e Paraíba, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), com apoio da Polícia Civil do Estado do Pará (PC-PA), capturou, neste sábado (4), mais três homens suspeitos de participação no golpe. As capturas aconteceram em um condomínio de luxo na Lagoa do Uruaú, em Beberibe, Área Integrada de Segurança 18 (AIS 18) do Ceará. Com o trio, natural de Minas Gerais, as forças de segurança apreenderam cartões magnéticos e equipamentos eletrônicos.
As prisões são resultados da Operação Foco, iniciada na quinta-feira (2), quando quatro homens e uma mulher foram capturados por crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documentação falsa, associação criminosa, apropriação indébita e fraude no comércio. Dando continuidade à investigação, os policiais civis diligenciaram ao condomínio de luxo e encontraram, em um dos imóveis do residencial, duas máquinas para clonagem de cartões, oito maquinetas para cartões magnéticos, 86 cartões magnéticos, três notebooks, um tablet, cinco celulares, três caixas de som, 20 trouxinhas de maconha, entre outros.
Conforme a investigação policial, os suspeitos utilizavam uma ferramenta para ter acessos a dados pessoais e aplicar golpes. Além disso, eles compravam dados em grupos na internet e aplicativos de mensagem. “Além do esquema de falsas lotéricas e correspondentes bancários, o grupo comprava dados verdadeiros e usava as máquinas apreendidas para falsificar os cartões”, explicou a delegada Ana Scotti, titular da Delegacia Municipal de Beberibe.
Os homens, identificados como Francklin Silva Lemes (24), Lorran Kirk Davi Souza Abreu (18) e Arthur Eustáquio do Nascimento (18), foram autuados por estelionato, falsificação de documento particular, associação criminosa e tráfico de drogas.
Operação Foco
Conforme as investigações, o grupo preso é suspeito de um prejuízo de mais de R$ 1 milhão para as vítimas do Pará, Ceará e Paraíba. Os suspeitos se apropriavam de pagamentos feitos em falsas agências lotéricas e correspondentes bancários.
As vítimas, na maioria formada por pessoas em situação de vulnerabilidade, procuraram os estabelecimentos comerciais para efetuar pagamentos de boletos, mas os valores não eram compensados. Os empreendimentos foram encerrados poucas semanas após as inaugurações.