Policiais do 1º Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar (1º RPMon) participaram, nesta quarta-feira (08/09), de uma instrução de capacitação para operar armas de energia conduzida, o modelo Spark. Trinta policiais militares de Santa Maria, Agudo, Faxinal do Soturno, Restinga Seca, Itaara, São Pedro do Sul, São Sepé e Júlio Castilhos foram habilitados a usar a arma de choque em operações.

A Spark é menos letal e pode auxiliar os policiais em abordagens em que é necessário fazer a contenção do indivíduo agressivo, seja por resistência à prisão ou por algum episódio de surto, por exemplo.

A Brigada tem investido em tecnologias menos letais a fim de atender as ocorrências sem colocar em risco a integridade física dos envolvidos, substituindo o uso de arma de fogo, que causa mais lesões – explica o comandante do 3º e 4º esquadrão do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon), capitão Alexandre Pires Lacerda.

A arma possui dois dardos, que são lançados através de um fino fio condutor elétrico, com seis ou oito metros de cumprimento. Eles são acionados, fixados na pele da pessoa e emitem uma descarga elétrica. O ciclo de choque, em contato com o corpo, dura até 10 segundos e pode ser repetido se necessário. A descarga elétrica age no sistema sensorial e o corpo relaxa, facilitando a abordagem ou prisão.

Em Santa Maria, 25 armas serão usadas nas operações. A ideia é habilitar 90% do efetivo da BM nos próximos meses. Para que sejam capazes de utilizar o armamento, os PMs participaram de 12 horas/aula de legislação, primeiros socorros, atividade prática e prova final.

– É um ganho e um diferencial para o nosso trabalho. Faz parte do conjunto de armas que já usamos, então é um complemento, e traz mais segurança na hora da abordagem policial e condução do preso – garante o soldado Celestino, um dos policiais capacitados ontem.

A arma funciona com cartuchos que são trocados e bateria, capaz de suportar cerca de 30 descargas elétricas.

RESTRIÇÕES DE USO
As armas de energia conduzida não podem ser usadas em gestantes, crianças com menos de 20 quilos, pessoas muito magras, com próteses, cadeirantes ou que estejam dentro d’água. Além disso, pessoas com a roupa ou corpo embebidos em substâncias inflamáveis não podem receber o choque porque há risco da descarga provocar fogo.

Também há restrições em relação às partes do corpo que podem ser miradas: são proibidos lançamentos no pescoço e face, órgãos genitais e nas costas, perto da coluna vertebral.