“Falar,Salva!”, é com esse tema em alusão ao Setembro Amarelo, mês da prevenção ao suicídio, que a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) iniciou a abertura de diversas oficinas, encontros e palestras que abordarão a prevenção e o combate ao suicídio. A solenidade de abertura aconteceu na manhã desta sexta-feira (10), no auditório da Superintendência da PC-CE, no Centro de Fortaleza. Abordar a temática é ressaltar que as doenças psicológicas têm tratamento e precisam ser debatidas diariamente. Reconhecer que precisa de ajuda é um ato de coragem.
Sob a coordenação do Departamento de Assistência Médica e Psicossocial (Damps), a PC-CE ofertará no mês de setembro diversas palestras e encontros destinados a todos os profissionais de segurança pública. Já nas primeiras horas de hoje, o Damps recebeu no rol da superintendência, os servidores e os colaboradores da instituição. Foram oferecidos atendimentos médicos, além de massoterapia. Ainda na manhã de hoje, já no auditório da PC-CE, os diretores e delegados se reuniram para falar da temática e abordar esse assunto dentro do sistema de segurança.
No cerimonial, estiveram presentes, o delegado geral da PC-CE, Sérgio Pereira; a diretora do Departamento de Assistência Médica e Psicossocial, Sônia Amaral;a diretora do Departamento de Polícia Judiciária de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV), Arlete Silveira; a diretora do Departamento de Gestão de Pessoas, Evna Paixão; além do psicólogo e psicanalista clínico, Fábio Lira; e a médica e psiquiatra do Programa de Saúde Mental do Governo do Estado Pravida, Luísa Bisol.
Mas afinal, como surgiu o Setembro Amarelo?
Em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem de 17 anos, Mike Emme, cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio às pessoas, que pudessem enfrentar problemas emocionais. A ideia acabou desencadeando um movimento de prevenção ao suicídio e até hoje o símbolo da campanha é uma fita amarela. Inspirado no caso Emme, o “Setembro Amarelo” foi adotado em 2015 no Brasil pelo Centro De Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Para o delegado geral, Sérgio Pereira, essa temática deve ser discutida diariamente nas unidades de Forças de Segurança. “Esse tema ainda é um tabu, mas precisamos falar deste assunto como forma de prevenção à vida. Depressão é uma doença silenciosa, e que algumas pessoas não têm coragem de falar sobre ela. Mas quero frisar, que nossa instituição, nosso espaço aqui no Damps, está disponível 24 horas para todos. Vamos nos aproximar um dos outros, vamos ter mais empatia, nosso trabalho é muito corrido, mas parar um minuto para ouvir um colega de trabalho, pode salvar uma vida”, pontuou ele.