A Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (ASOF/PMDF) foi surpreendida nesta tarde (23/11) com o conhecimento de que uma mostra de painéis montada na escola CED 1, da Estrutural, em virtude das comemorações do dia 20/11 (Dia da Consciência Negra), divulga – com clareza e riqueza de detalhes – a mensagem infeliz de que a PM seria uma instituição racista.
A denúncia partiu de um internauta, que veiculou, em uma rede social, uma filmagem que mostra os desenhos expostos nos painéis, alguns com conteúdos que fazem comparações estarrecedoras, igualando uma instituição centenária como a Polícia Militar a grupos supremacistas e até neonazistas (vide a postagem: https://bit.ly/3r3bqap).
Os painéis surpreendem também porque são expostos por um colégio público que foi um dos primeiros do DF a adotar o modelo de escola cívico militar. A Diretoria da ASOF entende que a exposição não traz um debate enriquecedor sobre o tema e que, por ter sido montada em um colégio, serve para formar a opinião – de crianças em tenra idade – de que a Polícia Militar não está a serviço da sociedade, mas que existe como força autoritária, coercitiva e punitiva, sedimentando o estereótipo de que não há diferenças entre a criminalidade e quem está nas ruas todos os dias arriscando a própria vida para defender o cidadão trabalhador e humilde.
A exposição evidencia tanto preconceito – da parte dos docentes e discentes que a montaram – que ela não é capaz de responder perguntas simples, tais como: se a PM é racista e combate os setores mais vulneráveis da sociedade, a quem o cidadão pobre comum recorre quando se vê atacado pela criminalidade? Se a PM tem como missão constitucional proteger a sociedade, mesmo à custa de arriscar a própria vida de seus integrantes, por que ela iria investir justamente contra a sua razão de existir?
A ASOF acredita que o preconceito em relação ao trabalho do Policial Militar, persistente em determinados setores da educação brasileira, só poderá ser sanado com pactuações sociais fundamentadas no consenso e no entendimento mútuo, em prol das soluções urgentes e dolorosas de que o País necessita.
A Associação entende que este seria um primeiro passo para que a disseminação do ódio nas escolas brasileiras não continue a deitar raízes nos corações e não prossiga fomentando o preconceito, que, por si só, tende à autodestruição de todos os que o alimentam.
Brasília (DF), 23 de novembro de 2021
ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DO DF (ASOF/PMDF)
SAIBA MAIS: