A Polícia Civil do Ceará (PC-CE), por meio do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV), realizou um evento alusivo ao Dia da Consciência Negra, que é lembrado no dia 20 de novembro, abordando o tema “Racismo Estrutural e o papel da Polícia Judiciária no combate às práticas racistas”. O encontro aconteceu nesta sexta-feira (26), no auditório da Delegacia Geral, no Centro de Fortaleza.
O evento iniciou com uma apresentação de capoeira do grupo Kanoambo. O mestre de capoeira e fundador da Associação Cultural Capoeira Kanoambo, Robinho Graúna, recordou que a capoeira era vista como uma ação de marginalização, onde muitos negros capoeiristas eram perseguidos pela prática, mas hoje é considerada uma ferramenta de fusão na língua portuguesa no mundo. “Para nós significa muito, pois a capoeira sai dessa linha de marginalidade para uma ferramenta importantíssima na educação”, ressalta Robinho Graúna.
Para a professora pedagoga, coordenadora estadual do Movimento Negro Unificado, secretária de combate de racismo da CONFENTAM, Vilaní Oliveira, o dia 20 de novembro é muito mais que uma percepção sobre os negros, é dia de dar uma ênfase maior a todas lutas e resistências que as pessoas negras enfrentam. “É importante compreender onde esse racismo vem se estruturando ao longo da nossa vida”, dispara a professora.
A delegada de Polícia Civil e diretora do DPGV, Arlete Silveira, contou que o departamento trata também do assunto de enfrentamento da discriminação e intolerância. Já a delegada de Polícia Civil e diretora adjunta do DPGV, Ana Paula, ressaltou a importância do encorajamento de denunciar qualquer tipo de preconceito. Ela abordou ainda a Lei 7.716/1989 que define os crimes de preconceito de raça e cor, bem como mencionou a atualização recente que equiparou a injúria racial ao racismo.