Após a conquista da medalha de bronze entre as mulheres na Paralimpíada de Tóquio, o vôlei sentado brasileiro terá novidades no ciclo de Paris. A confederação nacional da modalidade fechou um acordo de patrocínio com a Audi, multinacional do ramo automobilístico, até os Jogos de 2024. Segundo o presidente da entidade, Ângelo Alves Neto, a montagem das comissões técnicas (com a contratação de mais profissionais) e o calendário de eventos (com novos torneios internacionais) serão impactados já a partir de 2022.
Ainda é pouco comum no movimento paralímpico o envolvimento da iniciativa privada. A petroquímica Braskem dá suporte à seleção nacional de atletismo paralímpico. A Toyota, outra multinacional automobilística, patrocina o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Há, ainda, empresas como a Nissan, também automobilística, e a Ajinomoto, do ramo alimentício, que apoiam atletas em diferentes modalidades. Mesmo assim, o setor público, pela Lei Agnelo/Piva – que destina recursos das loterias ao esporte paralímpico – ou via programas como o Bolsa Atleta, é responsável pela esmagadora maioria do incentivo.
Para Luiza Fiorese, jogadora da equipe feminina e medalhista em Tóquio, a importância do investimento vai além do aspecto financeiro.
Já Nathalie Filomena, capitã da seleção e que vive a modalidade desde 2006, avalia que o novo cenário permite ao Brasil sonhar em ir além do bronze.
Em 2022, as seleções masculina e feminina disputam a Copa do Mundo de Hangzou, entre 18 e 23 de maio, além do torneio classificatório para o Mundial de 2023, que ainda não tem data, por conta da pandemia do novo coronavírus.