O Avaí corre risco de não disputar a Série A do Campeonato Brasileiro de 2022. Classificado após ter ficado na quarta posição da segunda divisão de 2021, com 64 pontos, o time de Santa Catarina vai ter que trabalhar fora de campo para seguir na elite do futebol nacional.
Isto porque sete jogadores que fizeram parte da campanha de 2021 do Avaí acionaram o Superior Tribunal de Justiça Desportiva cobrando salários atrasados. Diego Renan, Edilson, Iury, João Lucas, Jonathan, Rafael Pereira e Ronaldo procuraram o Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol do Estado de Santa Catarina, que notificou o clube e ingressou com a Notícia de Infração no Tribunal do Futebol.
O Sindicato alega que o clube foi notificado em agosto deste ano, mas os débitos não foram regularizados. O Avaí tem o prazo de três dias para se manifestar. Como o STJD está em recesso até o dia 20 de janeiro de 2022, este prazo passa a valer a partir do dia 21 de janeiro.
A denúncia é baseada no Artigo 31 da Lei 9615/98 e no Artigo 17 do Regulamento Específico da Competição. Se comprovada a dívida do Avaí, o STJD dá um prazo mínimo de 15 dias para que o clube quite os atrasos com os atletas. Caso o Avaí não cumpra, poderá receber a sanção de perdas de três pontos por partida. O time terminou a Série B na quarta colocação, com 64 pontos, dois a mais que o CSA, que ficou na quinta posição.
Eleito para comandar o Avaí a partir do dia primeiro de janeiro de 2022 após vencer as eleições no clube, o presidente Júlio César Heerdt publicou em seu Twitter que reafirma o compromisso da nova diretoria com o pagamento dos salários atrasados dos atletas e funcionários. Heerdt disse que está ciente da denúncia e acompanha de perto o desenrolar dos fatos. O presidente pediu tranquilidade à torcida e afirmou que o Avaí vai jogar a Série A em 2022.