O número um do mundo do tênis Novak Djokovic disse em uma contestação legal neste sábado (8), após ter sido proibido de entrar na Austrália, que recebeu a isenção médica da vacinação contra o novo coronavírus (covid-19) por ter contraído a doença no mês passado.

Em um processo antes de uma audiência na próxima segunda-feira (10) sobre o cancelamento de seu visto, Djokovic disse que recebeu a isenção dos organizadores do Aberto da Austrália, com uma carta de acompanhamento do Departamento de Assuntos Internos informando que ele tinha permissão para entrar no país.

O jogador sérvio, que espera ganhar o 21º Grand Slam de sua carreira, no decorrer do Aberto da Austrália, no final deste mês, está em seu terceiro dia de detenção de imigrantes em Melbourne – um caso que causou furor esportivo, político e diplomático.

Um oponente vocal dos mandatos da vacinação, Djokovic está confinado desde a última quinta-feira em um hotel modesto depois que seu visto foi cancelado devido a problemas com a isenção médica da exigência de imigração do país para a vacinação contra o novo coronavírus que apresentou.

O drama causou tensões entre a Sérvia e a Austrália e também se tornou um ponto crítico para os oponentes dos passaportes de vacina em todo o mundo.

“Expliquei que havia sido recentemente infectado com covid-19 em dezembro de 2021 e, com base nisso, tinha direito a uma isenção médica de acordo com as regras e orientações do Governo australiano”, disse Djokovic no processo sobre sua experiência de detenção no aeroporto de Melbourne.

* Com reportagem adicional de Daria Sito-Sucic e Zoran Milosavljevic.