A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR) deflagrou nessa terça-feira (25) a Operação Crédito Oculto, segunda fase. Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão domiciliar, sendo que um deles foi cumprido em duas celas da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia. As investigações apontaram para uma associação criminosa voltada para a prática de crime de estelionato em Goiás e vários outros Estados da Federação. Este grupo aplicava fraudes diversas envolvendo a compra e revenda de gado, valendo-se de estrutura financeira, logística e divisão de tarefas entre os envolvidos.
Após a prisão em flagrante dos investigados Leandro Severino Alves e José Ribamar Pereira Silva, na primeira fase da operação, em dezembro do ano passado, foi apurado que o reeducando Elson Francisco Santos – que estava cumprindo pena na companhia de Leandro Severino e Antonio Varela Fernandes Sobrinho – liderava a associação criminosa especializada em golpes contra empresários, produtores rurais e comerciantes de animais.
Restou apurada ainda a participação de José Ribamar Pereira Silva, responsável por fazer contratos com dados e selo de cartório falsos, juntamente com sua filha Clara Maria Pontes Pereira e seu funcionário Reginaldo Benedito da Silva. Toda movimentação financeira desta associação criminosa foi realizada por indivíduo ainda não identificado, mas sabido ser residente em outro Estado, e que segue sendo investigado pela DERCR.
Tiago Martins Silva, também preso, é suspeito de emprestar sua conta bancária para receber valores ilícitos e auxiliar o investigado Leandro nas visitas às fazendas, a fim de verificar os animais que seriam adquiridos de forma fraudulenta, bem como era responsável por procurar pessoas que quisessem comprar os animais produto de crime. Ao término das diligências, foi dado cumprimento aos mandados de prisão e ainda feito um auto de prisão em flagrante por tráfico de drogas.
A divulgação da imagem e identificação dos presos foi precedida nos termos da Lei n.º 13.869, Portaria n.º 547/2021 – PC, Despacho da Delegada Titular desta unidade, nº 03 DERCR/DGPC- 13550, e do Despacho do Delegado responsável pelas investigações, especialmente porque visa à identificação de outros eventuais crimes cometidos pelos investigados, bem como surgimento de novas testemunhas e elementos informativos.