A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal promoveu, em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN, o primeiro Encontro Distrital de Educação no Sistema Prisional do DF.
O evento propõe um novo olhar para a educação voltada ao sistema penitenciário, tendo sido apresentados projetos para o ano letivo de 2022.
Estiveram presentes o Secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Teles; o Diretor de Políticas Penitenciárias do DEPEN, Sandro Abel Barradas; a Juíza da Vara de Execuções Penais do DF, Leila Cury; a Promotora do Núcleo de Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri/TJDFT), Claúdia Braga Tomelin; o Coordenador do Núcleo de Execução Penal da Defensoria Pública, Reinaldo Rossano; e a Diretora de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação do DF, Lilian Cristina Sena.
A SEAPE pretende modernizar a forma de promoção da educação para o público em questão, implantando laboratórios de informática e bibliotecas com acervos atuais, aumentando o alcance de leitura para os mais diversos níveis de escolaridade. O projeto pretende oferecer aos portadores de necessidades especiais instrumentos como audiobooks, livros em braille e hardwares que auxiliam no acesso à leitura.
De acordo com a Gerente de Políticas Penitenciárias (GPP/SEAPE), Amanda Brandão, esse é o primeiro de vários encontros que serão realizados para promover as frentes de educação e trabalho. Segundo ela, a SEAPE tem o compromisso de fomentar políticas que incluam a maior parte dos custodiados do Distrito Federal.
“É necessário educação de qualidade para as pessoas privadas de liberdade. O papel da polícia penal também é ressocializar. Temos que assumir o compromisso com a educação e com o trabalho para que o custodiado não volte a delinquir, visto que o trabalho diminui em 16% a reincidência criminal e a educação em 30%. Os números falam por si”, destacou a Promotora de Justiça, Claudia Tomelin.
A Juíza da VEP/TJDFT reforçou a importância dos policiais penais se responsabilizarem pelo processo de ressocialização. “Devemos estimular os custodiados para que estudem e trabalhem. Eu acredito que muitos aqui querem ser ressocializados”, destacou a magistrada.
“Esta gestão será voltada para promoção do trabalho e do estudo, precisamos oferecer mudança de vida para as pessoas privadas de liberdade. Vamos fazer parcerias para mudar o cenário educacional no sistema prisional do DF”, ressaltou Teles.