A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Antirroubo a Bancos (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), cumpriu mandado de prisão temporária nessa quinta-feira (17/2) contra uma mulher de 28 anos suspeita de fraude para ingresso em uma faculdade no curso de odontologia. Também foi cumprido mandado de busca, em um condomínio de luxo onde mora a investigada, no Jardim Goiás, em Goiânia. Outros dois investigados, pai e filho, que já cursam medicina, também tiveram a prisão temporária decretada. Porém, haviam viajado e acabaram sendo presos ao desembarcarem na rodoviária de Barreiras, Bahia, após a equipe do GAB repassar as informações.
Estas prisões fazem parte da Operação Hipócrates, deflagrada ontem pela PC Bahia para desarticular, com apoio da PCGO, uma organização criminosa suspeita de praticar crimes de falsificação de documento público para ingressar de maneira fraudulenta em cursos de ensino superior. Ao todo, quatro pessoas foram presas nos estados da Bahia e em Goiás, até o momento. A PCBA investiga um total de 15 pessoas suspeitas da fraude nos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Rio Grande do Norte e no DF.
A investigação da Polícia Civil da Bahia foi iniciada no ano passado, após troca de informações com a Polícia Civil de Goiás sobre uma organização criminosa que vinha cometendo crimes que lesaram uma faculdade. Muitos estudantes já estavam fazendo, inclusive, atendimentos clínicos em hospitais, postos de saúde e também em clínicas particulares. Segundo as investigações, a quadrilha conta com o apoio de criminosos na América do Sul que oferecem facilidades para os estudantes de medicina com a promessa de validar o diploma no Brasil. Alguns estudantes chegaram a pagar de R$ 20 mil a R$ 150 mil por documentos que possibilitariam o ingresso em faculdades nacionais. Esquema semelhante foi desbaratado pela PCGO, em outubro de 2021, após a Operação Clandestinus.
Relembre a operação: https://www.policiacivil.go.gov.br/delegacias/regionais/95397.html