Número dois do ranking mundial da categoria pesado do judô feminino, Beatriz Souza começou com tudo o ciclo dos Jogos de Paris (França), onde espera fazer a estreia olímpica da carreira. Depois de vencer o Grand Slam de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), em novembro do ano passado, e conquistar a prata na etapa de Tel Aviv (Israel), em fevereiro, a paulista se sagrou campeã pan-americana pela segunda vez consecutiva. O próximo desafio será o Grand Slam de Budapeste (Hungria), em julho. Será o último evento dela antes do principal torneio do ano, o Mundial de Tashkent (Uzbequistão), em outubro.
Cada detalhe conta e Beatriz sabe bem disso. No ano passado, ficou muito perto de ser a representante brasileira na Olimpíada de Tóquio (Japão). A jovem de 23 anos, que participou do primeiro ciclo olímpico na carreira adulta, brigou até o fim com a experiente e também paulista Maria Suelen Altheman, parceira de treinos no Pinheiros. A veterana, dez anos mais velha, terminou à frente no ranking mundial e levou a vaga. Experiência que Bia traz para buscar a vaga em 2024.
O tom maduro de Beatriz se explica pela experiência adquirida na vida. Ela saiu de casa, em Peruíbe (SP), aos 13 anos, para viver em São Paulo e se realizar na modalidade que lhe foi apresentada pelo pai, ex-judoca.
Além de Bia, outros seis judocas encerraram a competição em Lima com medalhas de ouro nas provas individuais: Amanda Lima, Larissa Pimenta, Jéssica Lima, Mayra Aguiar, Eric Takabatake e Guilherme Schmidt. A seleção nacional volta a se reunir em maio, para um período de treinos em Pindamonhangaba (SP).