Hoje tive uma surpresa maravilhosa. Durante uns dois anos tenho divulgado os trabalhos da professora Jacqueline Muniz, principalmente os que tange a questão da identidade policial. Tenho reproduzido seu pensamento constatemente nesse blog.
Ao chegar ao trabalho fui parado por dois amigos, sargentos, que demonstraram a satisfação de ter conhecido a professora na aula inaugural do semestre na Universidade Católica de Brasília. O curso de Tecnólogo em Segurança Pública – UCB terá em seu corpo docente a conceituada socióloga.
Nossos policiais terão muito a ganhar com seu pensamento e suas opiniões sobre o tema segurança pública. Parabéns aos responsáveis pela contratação da professora.
Para aqueles que tem interesse em conhecer seu trabalho, disponibilizo um sobre nossa crise de identidade:
A Crise de Identidade das Polícias Militares Brasileiras: Dilemas e Paradoxos da Formação Educacional.
Clique no link abaixo e tenha acesso ao trabalho:
A crise de identidade das polícias militares
Jacqueline MUNIZ é Socióloga, Mestre em Antropologia Social e Doutora em Ciência Política. Realizou diversas pesquisas sobre segurança pública no Brasil e, durante o período de janeiro de 1999 a março de 2000, exerceu a função de Diretora de Pesquisa da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é membro do Grupo de Estudos Estratégicos – GEE da COPPE/UFRJ e pesquisadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania – CESEC da Universidade Candido Mendes, na cidade do Rio de Janeiro
Para nossa reflexão:
“Tomando de empréstimo a fala crítica dos segmentos policiais identificados como “progressistas”, pode-se dizer que “as PMs foram muito mais uma corporação militar do que uma organização policial”, sendo, ao longo de suas histórias particulares, mais empregadas para os fins de segurança interna e de defesa nacional, do que para as funções de segurança pública.”
“A criação de um fórum de discussão envolvendo todos aqueles atores que podem contribuir de forma direta ou indireta para a reforma do ensino policial, é uma das muitas possibilidades de se construir alternativas criativas e viáveis.”
“Não se pode perder de vista que a polícia que existe, não é ainda a polícia cidadã do futuro, dotada de uma formação de alto nível. A polícia do agora é esta que está aí todos os dias nas ruas, tentando manobrar com as suas deficiências de formação, método, instrução, procedimentos, etc. Assim, parece oportuno que paralelo a implementação de uma reforma estrutural do ensino, sejam desenhadas estratégias para atender às carências pontuais do presente, que vão desde a doutrina empregada até a forma de atendimento de uma ocorrência.”