Preocupada com a melhoria contínua de seus processos, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) está utilizando uma tecnologia que auxilia na execução de projetos e obras. O uso do software BIM (Modelagem de Informação da Construção) oferece mais qualidade técnica aos empreendimentos e ajuda a evitar erros e desperdício.

No caso da travessia do Córrego Cortado, o uso da BIM desde o levantamento topográfico permitirá que o percurso seja feito com a construção de uma rede aérea, evitando gastos com aterros | Imagem: Divulgação/Caesb

O BIM é uma ferramenta considerada a base da transformação digital no setor de arquitetura, engenharia e construção e integra informações detalhadas e organizadas de todas as áreas de um projeto, em versões 3D. Isso garante uma noção prévia e acompanhamento da obra. Essa possibilidade de análise de aproveitamento de espaço, simulação de materiais, custos e escopo de equipe resulta na redução de desperdício e otimização de esforços e recursos.

Segundo o gerente de Projetos dos Sistemas de Esgotos da Caesb, Fábio Barcellar, sua área conheceu as várias tecnologias BIM do mercado e, em 201,8 adquiriu o software. “A meta da aplicação da solução foi a de aprimorar os fluxos de trabalho, incluindo melhores práticas junto às empresas contratadas e realizando a alteração no fluxo de projetos da Caesb. Foi criado o BIM Mandate, com o objetivo da normatização do processo para todos os contratos”, explica o gerente.

Fábio Barcellar conta que, a partir do momento em que foram criadas as bibliotecas, a modelagem e os templates, a Caesb teve um ganho de produtividade. “Tivemos uma melhoria na documentação, e a tecnologia facilitou as tomadas de decisão e gerou impacto positivo nas obras, ajudando a evitar erros e desperdício”, comemora.

A Caesb está usando a BIM em três projetos: Estação Elevatória de Esgotos, Estação de Tratamento de Esgotos e a travessia do Córrego Cortado. No caso do Córrego Cortado, o uso da BIM desde o levantamento topográfico permitirá que a travessia seja feita com a construção de uma rede aérea, evitando gastos com aterros. A tecnologia proporcionou, também, melhores estudos de traçados para o fluxo da água. Com esse projeto, haverá ganhos em relação aos métodos tradicionais.

O Decreto nº 10.306, de 2 de abril de 2020, estabeleceu que, desde janeiro de 2021, a BIM passasse a ser utilizada na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizados pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal. O decreto não obriga a Caesb a usar a estratégia BIM, vez que só é aplicável a obras de grande porte e que utilizam recursos do governo federal, porém a companhia resolveu atender essa demanda, uma vez que, quando disponíveis, recursos federais são utilizados para o saneamento.

*Com informações da Caesb

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