A escassez de líderes na Polícia Militar do DF gera um fenômeno interessante de ser analisado, um deles é a quantidade de pessoas que se julgam líderes dentro da Corporação e o outro e a quantidade de oportunistas que se aventuram em uma candidatura.
Muitos são os nossos problemas, poucas as soluções encontradas. Já vivemos de tudo dentro da Corporação. Tivemos representantes que ganhavam no grito, com xingamentos e gestos obscenos. Tivemos “revolução de cima de trio elétrico”, pessoas sendo acorrentadas e ganhando votos. Tivemos épocas de não podermos votar, nem expressar nossos pensamentos. Somos resultado de tudo isso.
Hoje vivemos em um Estado Democrático de Direito, estamos aprendendo a ser cidadãos. Algo difícil como policiais militares e representantes de governos autoritários.
Sou oriundo do movimento estudantil e comunitário, com uma visão progressista da polícia. Ainda busco uma identidade aqui dentro.
Por não termos líderes, alguns vêem em mim uma liderança, não sou líder. Posso ser uma liderança virtual, não real. Sou apenas um blogueiro sonhador. Um soldado que ousou um dia falar e escrever o que pensa! Procuro apenas liderar meus pensamentos e ações, dando idéias para nosso crescimento como pessoa e instituição.
Alguns têm buscado no Aderivaldo Cardoso um político, não sou, pelo menos na essência da palavra. Tenho muito a aprender durante minha caminhada e muito a perder sendo candidato. Tenho dez anos de polícia e uma carreira aqui dentro, ou fora dela. Quero fazer mestrado, doutorado…aprimorar-me!
Não tenho grupo, não tenho dinheiro, não tenho discurso. Tenho idéias e boa vontade, isso não é o bastante para uma campanha.
Penso em uma polícia moderna, voltada para os interesses da sociedade e não de governantes. Penso em melhorias intelectuais e estruturais, não só em nossa polícia, mas no nosso modelo de policia brasileiro. Isso não dá voto! Não falo em melhoria salarial, porque a vejo como conseqüência de nosso trabalho, e não como objetivo principal.
Não tenho condição de representar uma polícia desfragmentada. Nossa polícia, para ter um candidato, precisa de união, de respeito e companheirismo. Precisamos de uma associação única, melhoria das condições de trabalho e várias outras coisas que não dependem de comando, nem de candidatos eleitos, necessita de união!
Não é minha pretensão, mas se um dia viesse a ser candidato, representante de uma categoria como a PM, deveria ser um consenso (LEGITIMADO), e isso está longe. Não tenho interesse pessoal nessa área. Meu único objetivo é me tornar LÍDER DE MIM MESMO, O MAIOR ESPECIALISTA EM SEGURANÇA PÚBLICA DO DF e o MAIOR MULTIPLICADOR DA FILOSOFIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIA DA PMDF!
Se conseguir isso, já serei o homem mais feliz dessa terra!
Para aqueles que têm essa pretensão o cenário político é o melhor, apesar da instabilidade momentânea. Nós militares, temos a vantagem de escolher o partido ou a coligação alguns meses antes da eleição. Creio que esse ano seja o ano da renovação. Boa sorte aos vários amigos que estão nessa luta. Alguns deles são verdadeiros líderes!