Comunidade escolar quer permanência de gestão compartilhada, revela pesquisa

O programa Gestão Compartilhada, implementado neste ano em quatro escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal, teve avaliação positiva por parte da comunidade escolar. É o que mostra a pesquisa realizada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF). Aumento da sensação de segurança dentro e nas imediações da escola, vontade que o modelo permaneça e melhor relação entre estudantes foram alguns dos dados revelados.

Esta foi a primeira análise desde a implementação do novo modelo e teve o objetivo de mensurar impactos sobre a dinâmica da escola e o comportamento dos estudantes.

O levantamento foi executado por meio de entrevistas com utilização de questionários, em junho, com 1.252 pessoas, sendo 962 estudantes. Os demais entrevistados eram professores, dos turnos da manhã e da tarde, militares e servidores da parte administrativa, direção, segurança e limpeza.

Um dos aspectos da pesquisa aferiu que a maioria dos entrevistados querem a permanência do programa. Dos professores, 75% querem que os militares permaneçam nas escolas. Cinquenta e três por cento dos alunos e 86,9% dos servidores querem que o Programa perdure.

Para o secretário de Segurança Pública, Delegado Anderson Torres, os números apresentados na pesquisa demostram que a estratégia da gestão compartilhada é um efetivo apoio ao sistema de ensino local. “Levamos em conta fatores educacionais e de segurança para ampliar o projeto. É um resultado extremamente animador que nos deixa empenhados em aperfeiçoar esse modelo que vem sendo uma das prioridades de nossa gestão”.

Quanto à sensação de segurança, quase 90% dos estudantes avaliaram o ambiente escolar como seguro (53,3%) ou muito seguro (36,5). O mesmo quesito avaliado pelos outros públicos não diferiu da opinião dos alunos. O ambiente escolar foi avaliado como seguro ou muito seguro por 88,8% dos professores e 98,8% dos servidores.

Na avaliação da sensação de segurança nas imediações das escolas, os alunos qualificaram como seguro ou muito seguro em 86,4%, professores em 84,5% e servidores em 81,3%.

Quanto aos professores, 55,21% acreditam que o novo modelo tornou as escolas um lugar melhor para se trabalhar e 75,6% querem que os militares permaneçam. Já 79,76% dos servidores acreditam que as escolas se tornaram lugares melhores para estudar e 86,9% querem que o modelo siga em vigência.

Desde o início do ano letivo, em 11 de fevereiro, a gestão compartilhada ocorre no Centro Educacional (CED) 1 da Estrutural; no CED 308 do Recanto das Emas; no CED 7 de Ceilândia; e no CED 3 de Sobradinho.

Outras seis escolas já foram escolhidas e serão submetidas à eleição para concordância com a introdução do programa, completando 10 escolas neste ano. São elas: As unidades escolhidas para se tornarem compartilhadas são o Centro Educacional (CED) Gisno, na Asa Norte; Centro de Ensino Fundamental (CEF) 19 de Taguatinga; CEF 407 de Samambaia; CEF 1 do Núcleo Bandeirante; CED 1 do Itapoã (antigo CEF 5 do Paranoá); e CED Condomínio Estância III de Planaltina.

A meta é concluir os quatro anos de governo com 40 escolas em utilização do modelo em atividade.

Gestão Compartilhada

O projeto é uma parceria entre a SSP/DF e a Secretaria de Educação (SEE) destinado a estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e ensino médio. Desta forma, as pastas realizam ações conjuntas para proporcionar uma educação de qualidade aos estudantes da rede pública de ensino. O objetivo é de construir estratégias voltadas ao policiamento comunitário, ao enfrentamento da violência no ambiente escolar e promover uma cultura de paz.

Na prática, a SEE é responsável pela parte pedagógica, enquanto a Segurança auxilia em atividades extraclasses, voltadas à disciplina e educação cívica.

Informações do Site da SSP/DF – Texto: Adriana Machado, da Ascom – SSP/DF – Edição: Lanna Morais -Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília