O uso medicinal da cannabis será discutido nessa quinta-feira (25) em uma comissão geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O debate tem como objetivo propor meios de regulamentação do decreto federal que prevê o cultivo de plantas para extração de substâncias para usos medicinais.
O DF é, proporcionalmente, a unidade da federação com mais pacientes autorizados a usar a cannabis medicinal, segundo dados apresentados pela comissão, levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides (BRCann).
Conforme o relatório, a cada 100 mil habitantes, em média, 121 têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para usar produtos derivados do canabidiol. A comissão geral é de iniciativa do deputado distrital Max Maciel (PSol), que defende acesso facilitado ao medicamento em questão.
Em nota, a assessoria do parlamentar divulgou que “estudos comprovam a eficiência da planta no tratamento de inúmeras doenças, como fibromialgia, depressão, ansiedade, etc. No entanto, o plantio, o cultivo e a colheita da cannabis ainda são proibidos no país. Com isso, os remédios à base de canabidiol precisam ser importados, o que os torna mais caros e, consequentemente, inacessíveis a muitas famílias”.
Cabe lembrar que algumas famílias precisam recorrer à Justiça para conseguir o direito de cultivar a planta, para fabricação do próprio remédio. O custo mensal para importação do óleo varia de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil.