O Fórum das Associações Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal aprovou a proposta de reajuste salarial das forças de segurança prometido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Lideranças das tropas acenaram positivamente para o texto divulgado pelo comandante-geral da PM, coronel Julian Rocha Pontes.
O documento foi apresentado no Quartel do Comando-Geral da PMDF, na manhã desta quarta-feira (20/11/2019). Trechos da proposta foram objeto de críticas, mas o eixo construído no princípio da equidade do salário líquido na conta com a Polícia Civil (PCDF) foi aprovado.
“Essa proposta deve ser encaminhada para o presidente Jair Bolsonaro. Buscaremos as adequações no Palácio do Planalto e no Congresso”, afirmou o coordenador do fórum, coronel da reserva Mauro Manoel Brambilla.
Em linhas gerais, a proposta atual equipara o vencimento líquido de forma mais precisa no topo e nas bases das carreiras. A diferença no número de patamares hierárquicos entre militares e policiais civis impediu isonomia maior. Nesse contexto, há previsão de que os militares da base tenham aumentos mais expressivos.
“Primeira vitória”
Segundo o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do DF (Asof), tenente-coronel Jorge Eduardo Naime, a proposta é a primeira vitória de uma longa guerra até a aprovação do reajuste no Congresso Nacional.
“O importante é a equidade. E não deixar que a diferença de salários entre as forças disparasse. Não podemos mais ficar presos em detalhes intransponíveis. Essa proposta deve ser encaminhada para o Planalto”, pontuou. E agradeceu a atuação do comandante-geral da PM, coronel Pontes.
A proposta do GDF não inclui pagamento de retroativos. A medida pode ser questionada no Congresso e também vetada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. O texto também não aborda o debate sobre a redução do interstício para a promoção dos militares.
“Precisamos entender que todas as escolhas têm ônus e bônus. A carreira de Polícia Civil tem uma ascensão mais rápida porque há menos fases e requisitos do que a nossa”, argumentou Naime. Por outro lado, militares são menos atingidos por impostos.
Informações do Portal Metrópoles