A vida nos conduz a certos caminhos nos quais podemos aprender ou fechar os olhos para qualquer possibilidade de aprendizagem, tenho escolhido o caminho do aprendizado constante.
Particularmente gosto de analisar meu comportamento individual, e dos meus companheiros, para posteriormente analisar o comportamento coletivo. Individualmente já errei e perdi muito com isso. Não gostava de aprender com os meus erros, preferia fechar os olhos para certas verdades. Coletivamente percebo que cometemos os mesmos erros individuais que eu cometia e cometo constamente. Evitando cometer tais erros, com tanta frequência, aprendi a valorizar algo chamado de CONFIANÇA.
No livro As 21 irrefutáveis leis da liderança, John Maxwell, escreve sobre a “Lei da Base Sólida”. Ele afirma que “a confiança é o fundamento da liderança“. No livro “A formação de um líder”, Warren Bennis afirma que ” a integridade é a base da confiança, a qual não é tanto um ingrediente da liderança quanto um produto dela. É a única qualidade que não pode ser adquirida, mas deve ser conquistada. É concedida por colaboradores adeptos, e sem ela o líder não existe”.
Em geral, nas comunidades de policiais militares espalhadas pela rede, tenho observado que grande parte dos agentes policiais não confiam em seus superiores e representantes. É estranho analisar os comentários, normalmente de grupos interessados na discórdia e segregação, desconstruindo a confiança da tropa, e como ambos (superiores e representantes) acabam dando “munição” para essa falta de confiança!
O mesmo pode ser dito em relação a todos os relacionamentos. Não confiamos na sociedade e vice-versa. Desenvolver a confiança  é  “como construir um edifício: consome tempo, e precisa ser feito aos poucos.  Assim como numa construção, é mais rápido e mais fácil derrubar o que está de pé do que levantar um prédio novo”. Mas, se o fundamento é forte, há uma boa chance de que aquilo que for construído  sobre ele permaneça!
Gosto de outra descrição. Um relacionamento também pode ser descrito como uma pintura. A confiança é uma espécie de moldura que o contém  e o sustenta. Ela fornece um contexto no qual a obra de arte se insere. A confiança define os limites da pintura e a fixa na parede, de maneira que possa ser admirada. Ela fornece estrutura emocional.
Uma excelente definição nesse sentido é de William Boast, autor de “Os mestres da mudança”, ele discorre sobre como os relacionamentos se sustentam, para ele a confiança ” é estabelecida quando as palavras e as ações são coerentes. A confiança também cresce quando as pessoas se sentem seguras e a salvo. Quando os pensamentos e as idéias são rejeitados  e redicularizados, não demora muito para se perceber que a atmosfera não é segura, e você fica vulnerável. O efeito de posturas defensivas pode ser minimizado quando, em vez de julgamentos de valor, são feitos comentários descritivos que expressam sentimentos de envolvimento e atenção genuína e demonstram disposição de buscar, ouvir, compreender e aceitar as opiniões dos outros.”
Creio que nossos representantes deveriam aprender a lição de que se você quer aproveitar a beleza dos relacionamentos deve primeiro enquadrá-los na moldura da confiança!
Que possamos construir um relacionamento confiável, com base sólida, dia após dia!