Na Semana Nacional do Meio Ambiente, que começa nesta segunda-feira (3) e vai até a próxima sexta-feira (7), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulga o resultado de um levantamento das causas de interdições de rodovias federais e que revela o crescimento de ocorrências provocadas por fenômenos relacionados ao meio ambiente. Entre as principais causas de bloqueio do trânsito em rodovias federais estão os acidentes, manifestações com fechamento de pista e interrupção do tráfego para a remoção de veículos. Nos últimos anos, entretanto, cresceu o número de vias fechadas por eventos climáticos.
Em 2024, os bloqueios por fenômenos da natureza são a segunda causa de interrupção do tráfego de veículos nas rodovias federais. Nos primeiros cinco meses deste ano, o índice de trechos de rodovias federais interditadas já se aproxima do total de interrupções feitas no ano passado. Este ano foram 278, contra 374 em 2023.
O maior número de rodovias federais interditadas, nos últimos sete anos, ocorreu em 2022, quando foram registrados 486 bloqueios. A estatística é quase oito vezes maior que em 2018, quando foram identificadas 61 interdições.
As interrupções de rodovias federais provocadas por desastres naturais podem ser reflexo das mudanças climáticas e dos eventos extremos que atingem o Brasil, como no Rio Grande do Sul. No estado, a PRF registrou, desde o início das fortes chuvas, 159 bloqueios provocados por deslizamentos de terra e inundações.
Fiscalização ambiental
A Polícia Rodoviária Federal atua no enfrentamento aos crimes ambientais em todo o Brasil em apoio ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras instituições. Um dos principais focos da PRF é a repressão ao transporte ilegal de madeira extraída criminosamente. O desmatamento ilegal é apontado por especialistas como uma das principais causas das alterações climáticas que levam ao assoreamento de rios, inundações, erosões e deslizamentos de terra e encostas que provocam interdições de BRs por razões de segurança.
Em 2023, a PRF registrou a maior quantidade de madeira apreendida desde 2017. Comparado, o índice é mais de quatro vezes maior.
As prisões de suspeitos de cometer crimes ambientais também tiveram alta de mais de cinco vezes.
Além do combate à extração e ao transporte ilegais de madeira, a PRF mantém ações permanentes na área ambiental, como a capacitação dos policiais rodoviários federais e operações temáticas e específicas, que envolvem o combate ao tráfico de animais silvestres e exóticos, à poluição e à ocupação irregular das terras indígenas na Amazônia.
FONTE: Polícia Rodoviária Federal