Na manhã desta quinta-feira (12), a Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), deflagrou uma operação que teve como alvo o cantor de funk e influenciador digital MC Paiva, natural de São José dos Campos (SP). Durante a ação, foram confiscados diversos itens de alto valor, como uma Lamborghini, joias, e um cordão de ouro de 3 kg com a inscrição “Magnata”, frequentemente exibido pelo artista em suas redes sociais.

As buscas ocorreram em residências localizadas em São José dos Campos, Mogi das Cruzes, São Paulo, Mauá e São Caetano do Sul. Na casa de MC Paiva, situada em um condomínio de alto padrão em Mogi das Cruzes, os agentes encontraram também uma pequena quantidade de maconha. O cantor, presente no momento da operação, acompanhou o trabalho das autoridades.

Investigação de propinas e rifas ilegais

A operação apura a possível existência de um esquema de corrupção envolvendo o pagamento de propinas a policiais civis. De acordo com as investigações, os pagamentos tinham o objetivo de impedir que os cantores de funk, incluindo MC Paiva, fossem investigados pela promoção de rifas ilegais em plataformas digitais.

Além de MC Paiva, outros dois artistas e três policiais civis são alvos do inquérito, que busca desmantelar práticas ilícitas ligadas ao crime organizado.

Histórico de polêmicas

Apesar do sucesso nas redes sociais, onde acumula mais de 8 milhões de seguidores, o cantor tem enfrentado uma série de problemas judiciais. Em 2023, foi preso após resistir a uma abordagem policial enquanto dirigia um carro esportivo sem placas. O episódio foi encerrado após um acordo com o Ministério Público, que estipulou o pagamento de aproximadamente R$ 14 mil.

Outros processos incluem uma disputa judicial com o condomínio onde mora, devido a débitos acumulados, e uma ação por violação de direitos autorais movida por um músico.

Próximos passos

O cantor ainda não se manifestou publicamente sobre a operação. As investigações continuam, com o objetivo de identificar a extensão do esquema e as responsabilidades dos envolvidos.

Enquanto isso, o caso reacende debates sobre a exposição de riqueza nas redes sociais e o impacto dessa imagem na percepção pública dos artistas.