Os pais e responsáveis por estudantes matriculados nas escolas cívico-militares criaram uma petição on-line com o objetivo de sensibilizar o governador Ibaneis Rocha (MDB) a adiar a reabertura das unidades gerenciadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A ideia foi cogitada pelo emedebista após reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ocorrida na tarde de segunda-feira (20/04), no Palácio do Planalto.

Pelo menos dois grupos de WhatsApp foram criados com a finalidade de organizar protestos, abaixo-assinados e até ações judiciais para tentar evitar a reabertura das unidades com gestão compartilhada. Por meio de um link, o Metrópoles ingressou nos bate-papos para acompanhar as manifestações dos usuários. Até as 17h desta terça-feira (21/04), o manifesto havia recolhido mais de 2,5 mil assinaturas.

“Se quisessem testar a população, deveriam abrir o comércio e não expor as crianças. Não queremos nossos filhos como cobaias humanas”, escreveu uma mãe em um dos grupos, batizado Colégios Militares Contra Covid e que reúne pelo menos duas centenas de participantes.

Além das 12 escolas de gestão compartilhada com a Polícia Militar (PMDF), sob responsabilidade da Secretaria de Educação, também integram o grupo de debate os pais de estudantes matriculados em escolas exclusivamente militares, como o Pedro II, do Corpo de Bombeiros, e o Colégio Militar. A reportagem procurou alguns dos integrantes dos canais de discussão. Por telefone, eles reforçaram a defesa das escolas fechadas.

Vice-presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-DF), Tiago Pessoa é pai de uma aluna de 5 anos, que aderiu ao confinamento há mais de um mês. Segundo ele, o retorno às salas de aula nos próximos dias representa uma ameaça às famílias. “Veja só: são cerca de 14 mil estudantes que voltarão para as escolas, sem que elas estejam preparadas para receber os alunos. Minha filha convive com a avó, que mora conosco e está no grupo de risco. Todos sabemos que crianças, na maior parte, são assintomáticas e vetores para proliferação da doença”, disse ele à coluna.

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Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Portal Metrópoles