Como alguns reclamaram recentemente da fuga da proposta do Blog, o que acho uma reclamação infundada, pois o especialista é uma espécie de “intermediário” entre a Academia e o Gestor, é um facilitador que busca traduzir o pensamento acadêmico para que as políticas públicas possam ser implementadas, trarei um texto “acadêmico’ para nossa reflexão.
Atualmente a discussão em segurança pública está focada em equipamentos tecnológicos. Acredito que o DF está sobressaindo-se, como Minas Gerais, Goiás, dentre outros estados, porque, de maneira tímida, está aliando esse investimento ao capital humano (intelectual).
No livro: Policiamento Moderno/Michel Tonry, Norval Morris (orgs.), tradução de Jacy Ghirotti – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003. – (Série Polícia e Sociedade; nº 7/ Organização: Nancy Cardia), deparamo-nos com um capítulo destinado ao tema “As tecnologias de informação e a Polícia, escrito por Peter Manning, professor de sociologia e psiquiatria na Universidade Estadual de Michigan.
Alguns “leigos” ou “ignorantes” poderiam usar a argumentação do lapso temporal ou da diferença cultural, sem observar o nosso atraso, quanto as questões que envolvem a profissionalização na segurança pública. As reclamações são válidas, mas o aprendizado com os erros e acertos alheios também.
O professor aborda por meio de um artigo o desejo antigo da polícia de que a tecnologia possa facilitar os problemas que mais a aborrece. Ele afirma que, das recentes inovações em tecnologia, a mais importante envolve computadores e respectivos softwares.
A polícia depende de informações e nisso sua fonte básica é a população. Segundo ele, para entender as funções da polícia é muito importante entender como ela obtém, processa, codifica, decodifica, e usa tais informações. Há pelo menos três tipos de informações policiais (PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA), inteligência (PROSPECTIVA, RETROSPECTIVA, E APLICADA) e estratégias operacionais (PREVENTIVA, PROSPECTIVA E REATIVA), cada uma das quais interage de forma complexa com tecnologia.
O trabalho policial, em especial o papel do policial de rua e as culturas operacionais de policiamento, modela esses processos de modo significativo. A tecnologia está entranhada na organização social, moldando as organizações e sendo por elas moldada.
Como disse ao Capitão Olavo ontem: Esse é o nosso momento “político” de investirmos nessa área, lutando pela implementação do Termo Circunstanciado nos postos, transformando cada posto em uma “mini-delegacia”, dando resposta rápida a comunidade. Quando um cidadão vai a um posto ele quer apenas “atenção”, ou seja, uma resposta do estado, nada melhor, quando está resposta está ligada diretamente ao TJDF por meio do BOWEB. Chegou a nossa vez!
A polícia precisa mudar!
A polícia está mudando!
A polícia vai mudar!
A polícia somos nós, nossa força é nossa voz!