Nunca escondi minha paixão pelo Programa Educacional de Resistência as Drogas e a Violência. Sou da IV turma de instrutores, de uma época em que pagávamos para trabalhar. Os alunos pagavam as cartilhas, as camisetas, os bonés e nós, instrutores, também dávamos nossa cota de “sangue” para ver o programa se desenvolver. Nessa época tínhamos mais de 64 (sessenta e quatro) policiais voluntários do programa. Nessa época tínhamos também recursos do Pró-infância, um programa de combate a prostituição infantil.
De lá para cá muita coisa mudou. Passamos a optar pela quantidade de alunos ao invés da qualidade das aulas. Começou a entrar muito dinheiro para o programa, e todo mundo passou a querer administrá-lo. Vários instrutores foram embora da unidade. No último ano recebemos para o PROERD no DF aproximadamente 1.328.000,00 (Um milhão e trezentos e vinte mil reais) para a compra de camisetas, bonés, cartilhas e outras demandas.
Uma curiosidade é que no próximo dia 30 de junho deveremos ter uma grande formatura geral do Programa, se tiver recurso. No próximo semestre voltaremos a escassez, pois no mês de abril tínhamos apenas aproximadamente 28 (vinte e oit0) mil reais do montante. Não temos mais material suficiente para dar continuidade ao programa. Todos os instrutores estão apreensivos. Tem algo errado nesse processo…
O Proerd tem por objetivo ensinar as crianças das escolas públicas e privadas a dizer não as drogas…
Com a expansão do crack em Brasília, algo urgente precisa ser feito. Precisamos salvar o PROERD!
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