A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre hoje (29) quatro mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão contra suspeitos de integrarem um esquema de fraudes em licitações estaduais. Batizada de Operação Cerco, a ação é um desdobramento da Operação La Casa de Papel, que apura fraudes em pregões eletrônicos para a compra de resmas de papel em diversos órgãos estaduais no ano de 2018.
Um dos investigados na operação é o ex-governador Luiz Fernando Pezão. Procurada pela Agência Brasil, a defesa de Pezão disse que vai estudar o caso antes de se pronunciar.
Além das buscas e prisões, a Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de contas dos investigados e suas empresas, no valor de até R$ 241 milhões.
Ao menos duas pessoas já foram presas por policiais civis do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD). Documentos e celulares foram apreendidos para análise.
Segundo a Polícia Civil, consta na investigação que a Controladoria Geral do Estado identificou uma movimentação financeira suspeita de R$ 925 mil ligada às fraudes.