Para Valdir Oliveira Filho, Superintendente do Sebrae no Distrito Federal, estamos entrando na maior crise que nossa geração já viveu. Por isso, é preciso muita “calma nesta hora”. O momento não é de politizar, nem de briga entre a saúde e a economia, pois para ele a economia vive em favor da vida.
Foi neste tom descontraído, mas em outros momentos, como se estivesse em uma consultoria para empresários, que Valdir, deu uma entrevista virtual para os Portais de Política do DF, dentre eles, o Policiamento Inteligente.
Frases fortes marcaram a entrevista, em uma delas ele afirma que “a estrutura bancária não foi feita para ajudar empresas quebradas”, por isso muitas empresas estão tendo grandes dificuldades em conseguir empréstimos bancários.
No Distrito Federal, existem 250 mil pequenas empresas que faturam até R$ 350 mil/ano. Essas empresas não terão acesso a esses créditos.
“É uma pena ouvir falar em bilhões anunciados, que os pequenos não terão condições de conseguir ser enquadrados. Isso está sendo cruel. Lamentavelmente a maioria não vai ter acesso”, declara Valdir Filho.
Valdir Oliveira foi enfático: “é preciso colocar dinheiro nas comunidades”, pois para ele, a “economia é como o rio para as comunidades” ribeirinhas.
“Se as águas de um rio não mais abastecem os córregos, a vida ali morre. Assim é a economia. Se os recursos financeiros não chegam nas comunidades, os pequenos negócios morrem. Famílias irão passar fome.”
Para ele, é preciso uma ajuda estatal aos pequenos e médios empresários.
“E só quem tem condições de fazer isso é o governo federal. Precisamos colocar dinheiro nas comunidades, em Samambaia, no Sol Nascente”, aponta Valdir.
Certos discursos acabam não resolvendo a vida do empresário. Pois ele têm contas a pagar e muitas pessoas dependem de seus resultados. As empresas vivem de resultados, e como ter resultados em meio a crise? Questiona ele.
“O empresário se sensibiliza com dinheiro no bolso. O impacto nas empresas é visto por meio de resultados”, reforça.
Outro ponto importante para o micro e pequeno empresário na visão do superintendente do SEBRAE é compreender a demanda, compreender o novo cenário, ajustar o fluxo de caixa e principalmente uma grande transformação digital nas empresas atuais. Todos neste momento precisam avaliar o modelo de negócio e o modelo de relacionamento, por meio de seus canais digitais.
O novo perfil do consumidor pós pandemia estará cada vez mais voltado para dois pilares básicos: comodidade e agilidade. São esses dois pontos que irão dar as diretrizes para o consumo nos próximos anos.
“O hábito do consumo mudou, os negócios também mudaram”, concluí ele.