Esqueça aquele relatório robusto e bacana que aprendeu a fazer em um curso de métricas e monitoramento. Demonstre, apenas, e de preferência em gráficos coloridos e saltitantes, como o seu cliente consegui mais seguidores no Twitter. Esqueça todo o plano editorial que elaborou para a página da empresa no Facebook. Faça um perfil da empresa na rede de Zuckerberg e saia disparando promoções e preços para todos os lados.
É isso que os clientes querem. Será que não é isso que devemos entregar? Não canso de ver profissionais extremamente capacitados sendo esquecidos ou deixados de lado no mercado só porque alguma agência bacaninha resolveu inovar e fazer tudo o que o cliente queria, sem complicações e sem ao menos levar em conta se tais ações eram proibidas ou iam contra as boas práticas da profissão.
Esqueça os livros de marketing, administração, gestão, conteúdo, estratégia e comunicação. Pare de pensar como o digital revolucionou a relação empresa e cliente e foque em números. Números grandes e coloridos. Números que, na prática, não servem para muita coisa, mas enchem os olhos do cliente. A Gina Indelicada tem 1 milhão de fãs? Não interessa se o conteúdo era inteligente, seu cliente vai querer 1 milhão de fãs.
A melhor estratégia é fazer tudo errado, porém tudo certo aos olhos ignorantes e destreinados do cliente. Não interessa se você fez um planejamento e só conseguiu 30 likes e 24 compartilhamentos em uma postagem no Facebook. Seu chefe acordou inspirado, publicou (sem o consentimento da agência que coordena as redes sociais da empresa) uma foto de gatinho e emplacou 2.500 likes e 894 compartilhamentos. Ele irá virar para você e dizer: “eu quero assim porque deu certo”. Deu certo para quem? Para os olhos no cliente, e nada mais.
Faça o errado. Faça o proibido. Deixe seu cliente feliz, coloque mais dinheiro no bolso e contribua para a prostituição sem fim do mercado de digital no Brasil. A frase facebookiana “se você acha caro contratar um profissional de verdade, espere até ver quando contratar um amador” é linda na teoria. Na prática, menos é mais. E mais significa, muitas vezes, mais dinheiro, mais clientes e, de quebra, mais “que se dane” para o mercado.
Fonte: http://blogmidia8.com/2012/09/redes-sociais-quando-a-melhor-estrategia-e-fazer-tudo-errado.html?fb_action_ids=10151056252196533&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%2210151056252196533%22%3A285923381508049%7D&action_type_map=%7B%2210151056252196533%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=
Redes sociais: quando a melhor estratégia é fazer tudo errado
Algumas vezes precisamos esquecer os cursos bacanas que existem por aí e até mesmo não dar muita atenção ao que os grandes profissionais da área falam. Muitas vezes planejamento e engajamento não são as soluções, mas sim os problemas. Entregue apenas Rt’s, likes e número de pageviews. Não interessa se você conseguiu fãs de marca ou aumentou o número de interações na página. Muitas vezes o certo é fazer o errado.
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