Cerca de 60 policiais federais estão cumprindo, desde as primeiras horas da manhã de hoje (25), a 15 mandados judiciais de busca e apreensão expedidos contra suspeitos de integrar um suposto esquema de fraude de licitações realizadas pela Petrobras.
Os mandados estão sendo cumpridos em Brasília, João Pessoa, Cabedelo (PB) e Campina Grande (PB), com a cooperação do Ministério Público Federal (MPF). Em nota, a PF informou que, entre os alvos da ação, há executivos de grandes empreiteiras, mas nem as identidades pessoais, nem os nomes das empresas investigadas foram revelados.
Ainda segundo a PF, os supostos crimes foram denunciados por executivos de uma empreiteira que assinaram acordos de colaboração premiada com o MPF, no âmbito da Operação Lava Jato, e continuam sendo investigados.
Segundo os colaboradores, diretores da estatal petrolífera cujos nomes também não foram divulgados recebiam “pagamento sistemático de propinas” em troca de fraudar licitações para favorecer determinadas empresas.
A PF afirma que a propina era paga ao destinatário por meio de doações a um partido político que, posteriormente, o repassava a empresas paraibanas. Há indícios de que o principal investigado, um executivo da Petrobras, solicitou e recebeu ao menos R$ 4 milhões para “blindar” os executivos das empreiteiras alvos desta 73ª fase da Operação Lava Jato, denominada Ombro a Ombro.